O prefeito de Cuiabá, Abilio Brunini (PL), também aproveitou o engajamento do influenciador Felipe Bressanim Pereira, conhecido como Felca, para abordar a erotização das crianças. Em vídeo publicado nas redes sociais, Abilio defendeu a punição aos pais e responsáveis que expõem crianças e adolescentes de forma inadequada na internet.
Abilio afirmou não admitir nenhum evento no município que colabore com a erotização de menores de idade e citou, inclusive, abordagens da Ordem Pública que terminaram em confronto com influenciadores da Capital.
Por outro lado, criticou o uso do problema como argumento para justificar a regulamentação das redes sociais. Segundo o prefeito, a polícia, o Ministério Público, o Conselho Tutelar e o Judiciário já possuem os instrumentos para coibir esse tipo de prática.
No vídeo de Felca, o influenciador demonstrou a facilidade para 'doutrinar' o algoritimo das redes sociais para entregar conteúdos de crianças em contextos sugestivos. Ele também mostrou o que acontece e quais os sinais de que um conteúdo infantil caiu na malha de pedófilos da internet.
Embora o vídeo, que viralizou Brasil a fora e motivou a manifestação de dezenas de políticos, deixe evidente as falhas das redes sociais em proteger as crianças, Abilio reforçou que não considera necessária nenhuma intervenção nas plataformas.
"Não adianta usar o argumento disso para aprovar qualquer censura de redes sociais, o que precisa é agir com o rigor da lei em cima dos responsáveis", disparou.
REPERCUSSÃO
Além de Abilio, os vereadores por Cuiabá, Tenente Coronel Dias (Cidadania) e Rafael Ranalli (PL) protocolaram na Câmara a 'Lei Felca' que proíbe a veiculação de conteúdos que promovam a erotização de crianças. Já a senadora Margareth Buzetti (PSD) pegou carona na popularidade de Felca para cobrar a aprovação do 'pacote antipedofilia'.
O projeto apresentado por Coronel Dias proíbe a circulação de conteúdos semelhantes ao de Hytalo que caracterizem a erotização infantil por meio de vestimenta íntima, encenações, linguagem, poses ou gestos. O vereador também sugere que a Prefeitura de Cuiabá faça campanhas educativas que promovam a prevenção, alertando os pais e o público nas redes socais.
A proposta de Rafael Ranalli tem um caráter mais punitivo. Além de proibir a produção de conteúdo, o vereador sugere que a fiscalização seja intensificada, ampla divulgação do canais de denúncia e estabelece multa de R$ 126 mil aos infratores.
Margareth Buzetti, por sua vez, é autora do pacote antipedofilia (PL 2810/2025) que já foi aprovado no Senado e está em tramitação na Câmara dos Deputados. A matéria endurece as penas aos predadores sexuais. Buzetti que, também é autora do Cadastro Nacional de Pedófilos e Estupradores, cobrou os deputados federais da votação.
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