A prisão do tenente Rennan Albuquerque de Melo, de 34 anos na manhã deste sábado (27) trouxe à tona detalhes sobre a trajetória do oficial dentro da Polícia Militar de Mato Grosso. As investigações da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) e da própria Corregedoria da PM apontam, para além do registro de violência no trânsito, um histórico de agressividade que já havia acendido alertas na corporação.
O Tenente Albuquerque já era uma figura conhecida nos registros internos da Polícia Militar. Segundo o delegado Caio Albuquerque, o oficial possui um histórico de violência e conduta agressiva que culminou, inclusive, em seu afastamento das funções operacionais no início de 2025.
No primeiro semestre deste ano, ele teria sido protagonista de outro episódio de violência, também à paisana, teria agredido e ameaçado um adolescente de 15 anos, o que motivou sanções disciplinares. (Assista o vídeo ao final).
Apesar do afastamento e das restrições impostas pela Corregedoria, o oficial continuava em liberdade até o atentado de dezembro que quase custou a vida de um trabalhador.
Outra revelação feita nesta manhã, durante coletiva, foi a de que o tenente não poderia estar armado. O oficial estava com o porte de arma funcional suspenso pela Polícia Militar por motivos administrativos disciplinares. Por isso, ele não utilizou o armamento oficial da carga da PM, mas sim uma pistola calibre .380 particular.
Ao ser confrontado com as provas colhidas pela DHPP que incluem as filmagens da vítima, os dados das câmeras de monitoramento do CIOSP e as imagens da conveniência de um posto onde ele aparece após o crime, o Tenente Albuquerque optou por permanecer em silêncio.
Para a Polícia Civil, o silêncio e a tentativa de forjar um furto do próprio carro, e a recorrência das ações violentas, demonstram um perfil de crença na impunidade.
"Ele sabia o que estava fazendo. Tentou construir uma farsa para que o crime caísse na conta de um 'ladrão inexistente', enquanto a vítima lutava pela vida no hospital", pontuou o delegado.
Com a formalização da prisão temporária por 30 dias na sede da ROTAM, continua correndo o processo do Conselho de Justificação da Polícia Militar que pode resultar na expulsão definitiva do oficial das fileiras da corporação, devido à incompatibilidade de sua conduta com a ética militar.
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