Todos os dias, a editoria de Polícia do HiperNotícias traz os principais e os mais chocantes casos de violência que ocorrem em Mato Grosso, registrando o aumento da bandidagem e também a atuação dos policiais na repressão e na investigação de crimes. Nesta quinta-feira (03), outros profissionais se destacaram pelo empenho no trabalho: a equipe do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência, o Samu. A função deles? É salvar vidas. Nem que para isso seja preciso massagear, com as próprias mãos, um coração humano.
Foi o que fez o médico Otávio Augusto Goes Fernandez e a equipe que atendeu a mais um caso de violência em Várzea Grande. Para tentar salvar a vida de Nilton Gomes Farias, de 20 anos, os profissionais precisaram abrir o tórax da vítima e massagear seu coração. Na área médica, o procedimento é chamado de “toractomia de reanimação”. Para os leigos, um ato de coragem, responsabilidade e heroísmo.
Nilton havia sido baleado várias vezes dentro de casa, no bairro Jardim Esmeralda, na noite de quarta-feira, por um homem identificado apenas como Kiko, que fugiu a pé após o crime. Na ambulância, já a caminho do hospital, a vítima teve uma parada cardíaca. Perdeu muito sangue por causa dos ferimentos no lado esquerdo do tórax. Ali, a vida lutava contra o tempo e nessa batalha ganhou o reforço do Samu.
“Tive que realizar uma incisão na região antero-lateral do tórax para ter acesso ao coração. Realizei a massagem cardíaca direta durante três minutos e ele retornou ao ritmo normal”, conta Fernandez. O médico lembra que o trabalho conjunto foi fundamental para da reanimação. “A equipe inteira do Samu se dedica 100% por todos”. E não esconde o orgulho de ter feito o que foi preciso para salvar uma vida. “É a melhor sensação do mundo! Chego em casa triste pela realidade da nossa violência. Mas fico feliz e com sensação de dever cumprido e de ter feito tudo o que foi possível para salvar alguém”.
Após serem acionados, policiais militares saíram em rondas na região da casa de Nilton para tentar prender Kiko, mas até o momento ele não foi localizado. O crime será investigado. Mesmo sem saber quais foram as circunstâncias que levaram à ocorrência policial, o médico lembra que a equipe do Samu trabalha por amor ao próximo. “Não julgo ninguém. Isso eu deixo para os juízes. Tenho orgulho de todas as pessoas que eu já salvei e faria tudo para salvá-las novamente”.
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