“Se eu tomar um tiro no peito, eu vou pro céu também?”, esse foi o questionamento de M.H.P.S, de 4 anos, que é filho do empresário Rafael Henrique Santi, de 32 anos, que foi assassinado em um baile funk, na noite de domingo (8), no bairro Jardim das Oliveiras, em Várzea Grande. A pergunta da criança foi feita à sua mãe, a secretaria Thalytta Prado, na manhã desta terça-feira (10), após o enterro do pai.
Em entrevista exclusiva ao HiperNotícias, Thalytta contou como tudo aconteceu, na noite de domingo (8), pouco tempo antes do homicídio.
Ela lembra que estava com o marido em um baile funk, localizado na Chácara das Poderosas, quando eles decidiram ir para casa. No entanto, quando o casal estava saindo do local, alguns carros fecharam Rafael. Ele teria começado a falar com os outros motoristas, quando um amigo do empresário teria feito um comentário que não o agradou.
“Eles não chegaram a brigar, eles discutiram. A gente estava indo embora e tinha uns carros fechando a saída. Ele foi falar com os motoristas para que eles pudessem sair. Ai ele ouviu um amigo dele comentando com outra pessoa assim: ‘deixa o Rafael lá, de castigo’. Ele ficou chateado porque o cara era amigo dele de infância. E ele não gostou porque o amigo dele estava rindo da cara dele. Logo depois, ele chegou no amigo dele e perguntou porque ele estava rindo e os dois começaram a discutir. Logo depois, nós e o amigo dele fomos embora”, explicou Thalytta à reportagem.
Mesmo parecendo ser um motivo banal, a esposa conta que Rafael teria ficado muito irritado com a brincadeira, pegou o revólver e foi até o local para "acabar com o evento." A mulher afirmou que a intenção dele era atirar para cima e não matar ninguém.
“A intenção dele era acabar com a festa e não matar ninguém. Eu ainda disse para que ele não fosse. Ai ele disse que iria lá só para acabar com a festa. Ai ele foi até o local e deixou o carro do lado de fora. Ao ver que o amigo dele não estava mais, disparou quatro vezes para cima. Ele não atirou na direção de ninguém. Ai logo depois, o segurança atirou nele. Não houve discussão, o segurança apenas atirou no meu marido. Foi um policial que atirou nele, espero que a Justiça seja feita o mais rápido possível”, contou.
A esposa do empresário afirma que Rafael não era bandido e que sempre trabalhou para o bem da família. Ela afirma que seu marido nunca se envolveu com crime.
“O meu marido não era bandido. Ele era trabalhador, nunca se envolveu em crime nenhum. O Rafael era muito querido pelas pessoas. Algumas pessoas não gostavam dele porque ele era muito sincero, o que ele tinha que falar ele falava na cara, ele não escondia nada. Ele era bem amigo, ajudava sempre as pessoas. Ele tinha muitos amigos, muitas pessoas gostavam dele. A loja dele estava na melhor fase, cheio de serviço. Ele não andava armado. Estava tendo muito roubo nas empresas vizinhas do meu marido e por isso ele comprou essa arma, ele já estava até pensando em vender o revólver. Eu costumo dizer que ele estava na melhor fase da vida dele. Para ter ideia, o velório dele estava lotado, quase que não deu de tanta gente", relatou a mulher.
Thalytta disse que está passando pelos piores dias de sua vida. A mulher que têm um filho com o empresário, afirmou que a criança está muito triste e perguntou se ele morrer, vai pro céu encontrar o pai.
“Essas últimas horas têm sido as piores da minha vida. Eu não consigo ficar sozinha, pois quando eu lembro dele eu fico chorando muito. O meu filho está muito triste, ele é uma criança bem agitada e ele está muito triste. Hoje o meu filho perguntou, ‘mãe se eu levar um tiro no peito eu vou para o céu? Está sendo muito difícil porque eu e o meu marido éramos muito junto, um do outro. Meu filho pede pra ver o pai toda hora. Eu estou sofrendo muito. Essa pessoa que fez isso, estragou a minha vida”, completou à reportagem.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), sob os trabalhos do delegado Marcelo Jardim.
Inquérito militar
O comando da Polícia Militar instaurou um inquérito policial para apurar o envolvimento de um policial do Batalhão de Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam) na morte do empresário.
Após a repercussão do caso, o comando da Polícia Militar tomou conhecimento e pediu para que o caso fosse investigado pela Corregedoria. A instituição lamentou o fato e afirmou que por não se tratar de um crime militar, será investigado se houve uma transgressão disciplinar à conduta militar.
“A Polícia Militar após tomar conhecimento de que haveria o envolvimento de um militar na morte do empresário, decidiu abrir um inquérito disciplinar policial para apurar o envolvimento do soldado. Por não se tratar de um crime militar, a instituição investigará se houve uma transgressão disciplinar em relação à conduta militar. As informações que recebemos até o momento é de que ele estava de folga no dia do crime”, diz trecho de nota.
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER e acompanhe as notícias em primeira mão.
arildo 12/04/2018
tenho pena da criança que nao sabe nada, mais quanto a vitima a mulher desse cara deve ta vivendo em outro planeta um cara sai de casa armado para acabar com uma festa e ta certo? ele so ia acabar com a festa? quem eh ele para acabar com alguma festa? pera ai vamos colocar os pingos nos is, por isso o mundo nessa situacao , a ele era bom , bom um cara que anda armado e sai de casa deixando filho e mulher para acabar com uma festa isso eh um cara bom entao eu sou um santo
Ully 11/04/2018
Aonde eles estavam mesmo? Ahhhhhhh, me poupe! !
Madalena 11/04/2018
Não conheço a família, mas o cara procurou, foi acabar com a festa só porque brincaram com ele. Quer dizer então que se ele encontrasse o amigo de infância que brincou com ele, poderia ter matado e ficava tudo numa boa. Me perdoe, mas lugar de machão, metido a bandido, é preso ou morto, não convivendo com pessoas normais, se estava alterado fosse dormir. Quanto a vc esposa, aprenda e crie seu filho bem diferente do seu marido, pois se ele for valentão igual, não terá futuro nenhum. Morreu e não foi culpa do policial não, foi culpa dele mesmo. Se valeu de ser valentão, cadê agora
xomano 11/04/2018
Tem que explicar para o filho que nao pode fazer IGUAL O PAPAI....isso sim. Esse rapaz, por mais que a familia sofra, agiu totalmente errado, e foi unico culpado desta trajédia...nao venham condenar o Policial...queriam o que? que vendo ele armado, atirando, todos enfiassem o rabo entre as pernas, orassem para ele nao acertar ninguém???? por favor
Odette 11/04/2018
Acho o seguinte quem procura acha. E ele foi com intuito de arrumar confusao ou ate mesmo de matar alguem senao porque teria ido armado. O seguranca nao tinha como saber qual suas intenções mesmo por que ele atirou pro alto mais atirou e se tivesse ferido alguem a culpa seria do segurança também.
simone Santi 11/04/2018
Venho através do presente austernar minha indignação(pra não dizer outra coisa) com o total despreparo psíquico desse pessoal que se intitulam "homens da lei" e que estão por aí armados como se fosse a coisa mais normal do mundo. Família destroçada.
PAULO VICTOR 11/04/2018
BASTA SABER SE O PAI DELE REALMENTE FOI PARA O CÉU!
7 comentários