A reportagem do HNT/HiperNotícias conseguiu com exclusividade o depoimento de João Paulo de Castro Lima, conhecido como “João Moeda”, 28 anos. Ele é suspeito de ter participado do brutal assassinado de Thaison Silva de Morais, 26 anos, na cidade de Rosário Oeste (30 km de Cuiabá), no último sábado (9). Durante o crime, os assassinos tentaram arrancar o coração da vítima.
O caso está sendo investigado pela Delegacia de Polícia Civil de Rosário Oeste
Thaison foi encontrado amordaçado na manhã de sábado, em um lixão da cidade. Após o assassinato, policiais civis e militares saíram em buscas e conseguiram prender João Moeda, que é um dos suspeitos de ter envolvimento na morte do jovem. Com ele, os agentes encontraram entorpecentes.
Depois da prisão, João Paulo prestou depoimento na unidade policial. Na oitiva, o suspeito disse que Thaison morava na cidade de Nova Mutum (345 km de Cuiabá) e que a vítima tentou matar ele no município. Porém, o suspeito não deu detalhes dessa suposta tentativa de homicídio.
O crime
João Moeda explicou que no dia 8 de maio (sexta-feira), às 23 horas, Thaison foi à sua residência. No imóvel, o suspeito disse que rendeu a vítima até a chegada de seus comparsas. Porém, ele não explica o que Thaison foi fazer em sua casa.
O suspeito afirmou que os comparsas levaram a vítima a um local, até então desconhecido por ele. João Moeda informou que por volta das 01h30, já na madrugada de sábado, foi à região que Thaison foi levado.
João Moeda afirmou que ao chegar ao local encontrou a vítima rendida pelos criminosos. Na sequência, o suspeito se aproximou da vítima e disse: “tá achando que essa quebrada aqui é mole?”, teria perguntado. Na sequência, o preso decretou. “Aqui não passa nada, irmão. PCC (Primeiro Comando da Capital) não tem vez aqui na minha quebrada”, teria dito Moeda.
O suspeito foi enfático em dizer que apesar de estar na cena do crime, não participou e nem praticou nenhum ato do assassinato de Thaison. Novamente, o João Moeda voltou a afirmar que o homicídio foi praticado pelos seus comparsas.
Alan Cosme/HiperNoticias
Ao ser questionado, o suspeito disse não saber quem seriam os seus companheiros na empreitada criminosa. João Moeda também negou que pertencer à facção criminosa Comando Vermelho (CVMT).
Questionado se a morte de Thaison decorreu de um desentendimento entre PCC e CV, Moeda negou tmbém. Mesmo após João Moeda ter dito que não participou da morte da vítima, ele deverá ser indiciado por homicídio doloso, quando há a intenção de matar. Até o momento, ele é o único a ter sido preso pela morte de Thaison.
Morte
Vinte e quatro horas depois do crime começaram a circular vídeos nas redes sociais dos assassinos executando a vítima. Em uma das gravações, é possível ver o corpo da vítima com um corte de aproximadamente 10 centímetros na região abdominal. Durante o crime, as vísceras do jovem ficam visíveis.
Nas imagens, é perceptível que Thaison já está morto. No entanto, conforme informações recebidas pelo HNT/HiperNotícias, os assassinos podem ter aberto a barriga do jovem enquanto ele ainda estava vivo. De acordo com a Polícia Civil, isso será confirmado por exames realizados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
“Nós fomos informados de que os assassinos tentaram tirar o coração da vítima ainda viva. No entanto, só exames de Politec poderão comprovar se realmente o Thaison ainda estava vivo quando teve a barriga cortada”, disse uma fonte à reportagem.
A Polícia Civil suspeita que a vítima tenha sido morta devido uma briga entre as facções criminosas CVMT e Primeiro Comando da Capital (PCC).
Além de ter sido amarrado, o jovem foi amordaçado pelos assassinos. De acordo com peritos da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) a vítima tinha vários ferimentos causados por um objeto semelhante à faca. Durante o crime, um dos assassinos indica como o criminoso deve tirar o coração da vítima.
“Olha o que que nós faz (sic). Saca (tira) o coração desse desgraçado. Manda a sua mão lá por baixo do peito e arranca o coração dele. Coloca a mão lá dentro e arranca (o coração)”, disse.
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