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Polícia Sexta-feira, 01 de Abril de 2022, 16:48 - A | A

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Sexta-feira, 01 de Abril de 2022, 16h:48 - A | A

AJUDA DE VIGILANTE

Polícia investiga se mortos em suposto confronto na estrada de Manso foram alvos de emboscada

Laudo reforçou ainda que foram efetuados mais de 90 tiros sem reação dos ocupantes do veículo, os quais foram surpreendidos pela ação contundente da abordagem policial

AMANDA DIVINA
Da redação

Um dos confrontos que estão sendo investigados pela Polícia Civil é o que resultou na morte de José Carlos Fernandes Dumont, 5 anos, Cleverson Rodrigo Marques Silva, de 31 anos, Cleber Neves de Andrade, de 31 anos, e João Vitor Chaves anos, de 19 anos. O suposto confronto aconteceu no mês de julho de 2020, na MT-351, que liga Cuiabá ao Lago do Manso.

morte manso

 

Segundo os policiais militares do Batalhão de Rondas Ostensivas Táticos Móvel (Rotam), os suspeitos teriam atirado contra as viaturas, ocasionando um confronto com os policiais, os quais revidaram os disparos.

Por sua vez, o vigilante e informante da PM, Ruiter Candido, alegou, durante a 'Operação Simulacrum', deflagrada na quinta-feira (31),  que se tratou de mais uma ação previamente acertada entre ele e os militares, cuja intenção era matar os suspeitos que foram atraídos para a situação fictícia.

Conforme a decisão judicial que autoriza a operação, a versão do vigilante foi corroborada pelos exames de necropsia e de confronto balístico. Foi ressaltado ainda que os policiais possuem acesso aos sistemas de informações e checagens da Secretaria de Segurança Pública, por meio dos quais eles obtêm informações sobre eventuais alvos, ocorrências, monitoramento eletrônico, etc. e, assim, podem utilizar o aparato estatal para selecionar vítimas com eventuais passagens criminosas para ser executadas, o que necessita ser obstado.

"Em seguida, discorre sobre os requisitos legais da prisão temporária, alegando que a medida é imprescindível para as investigações; há fundadas razões de autoria e participação dos representados em crimes de homicídio; após o interrogatório de Ruiter Candido da Silva, as investigações trilharam novo caminho, demandando tempo na colheita de provas; a medida é adequada à gravidade e circunstâncias do crime, bem como às condições pessoais dos representados; a imposição de medidas cautelares diversas não são suficientes e há risco efetivo de frustação na aquisição de novas provas", traz trecho do documento.

Ruiter também contou que, no dia dos fatos, ele era a pessoa que conduzia o veículo Fox vermelho como “batedor”, seguido pelo veículo Onix ocupado pelos suspeitos. Em determinado local, Ruiter avistou duas viaturas da Rotam seguindo os dois veículos e, prevendo que o veículo atrás iria ser abordado, acelerou o carro para se distanciar da intervenção.

Contudo, posteriormente fez o retorno e presenciou quando os integrantes da Rotam retiraram os cinco ocupantes do veículo, revistaram-nos, determinaram que retornassem para o interior do carro e, em seguida, perfilaram e dispararam reiteradamente. Diante do grande número de
disparos, não foi possível determinar a quantidade, mas ouviu as rajadas saindo das armas dos militares.

Por meio dos laudos de exame de necropsia das vítimas, foi possível verificar que há evidências de queimaduras por estilhaços, o que indica que houve disparos à curta distância, sem reação de defesa, reforçando os indícios de que não teria ocorrido nenhum confronto, mas, sim, uma execução.

O laudo reforçou ainda que foram efetuados mais de 90 tiros sem reação dos ocupantes do veículo, os quais foram surpreendidos pela ação contundente da abordagem policial.

As armas encontradas na cena do crime, atribuídas às vítimas, foram submetidas à perícia, que concluiu que das 22 munições divididas entre as cinco armas, 21 estavam íntegras, não deflagradas, e apenas uma estava picotada, porém, não deflagrada.

Contudo, os policiais afirmam que reagiram à injusta agressão dos suspeitos ocupantes do veículo Onix.

OPERAÇÃO SIMULACRUM

As investigações apontam que um o grupo de 81 militares é responsável pela execução de 24 pessoas no Estado. Todos os crimes apresentam evidentes características de execução, além da tentativa de homicídio de, pelo menos, outras quatro vítimas. 

Dados da investigação apontam que as vítimas foram executatas sob o falso fundamento de um confronto com a força policial. 

As investigações demonstram ainda que os militares envolvidos contavam com a atuação de um colaborador, que cooptava interessados na prática de pseudos crimes patrimoniais, sendo que, na verdade, o objetivo era ter um pretexto para matá-los.

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