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Polícia Quarta-feira, 17 de Abril de 2024, 20:31 - A | A

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Quarta-feira, 17 de Abril de 2024, 20h:31 - A | A

SERIAL KILLERS DE VG

Namorada de um dos envolvidos iria intermediar venda dos carros de motoristas de App mortos

Ela se relacionava com o menor de 15 anos, seria integrante de uma facção criminosa e possuía os meios para se desfazer os carros

SABRINA VENTRESQUI
Da Redação

Em depoimento prestado à Polícia Civil, Lucas Ferreira da Silva, de 20 anos, preso ao confessar ser um dos autores dos latrocínios brutais dos motoristas de aplicativo da Capital, ocorridos na última semana, afirmou que o objetivo era roubar os veículos e vender para comprar armas. A venda seria intermediada por uma mulher, que se relaciona com o menor de 15 anos, também envolvido nas execuções. Ela seria integrante de uma facção criminosa e teria os meios para se desfazer dos carros. Além da prisão de Lucas, dois menores de idade, de 15 e 17 anos, foram apreendidos pelo crime. 

LEIA MAIS: Justiça decreta internação de menores envolvidos nos latrocínios dos motoristas de App

O criminoso explicou que a mulher é maior de idade, mas namora o adolescente. Além disso, Lucas revelou que a função dela era angariar os compradores para os veículos roubados. A mulher sabia que o grupo iria matar os motoristas e garantiu que arrumaria um meio de vender os carros, uma vez que o roubo iria beneficiar todos os envolvidos, pois o plano era dividir os valores obtidos.

Na oitiva, Lucas ainda negou que os crimes tenham sido praticados como forma de ‘batismo’ para integrar algum grupo criminoso. Disse, também, que eles não pediram autorização a facções para matar os motoristas.

Com o objetivo claro de vender os veículos, os latrocidas desenvolveram um método para avaliar a viabilidade da transação, conforme explicaram os delegados Nilson Farias e Olímpio da Cunha, em coletiva de imprensa na terça-feira (17), na Delegacia Especializada de Homicídios e Proteção à Pessoa.

“Eles deixavam esfriar o veículo para ver se tinha algum rastreador. E, aí, como tinha rastreador, os veículos foram liberados. Isso aí é um modo operante de quem faz subtração de veículos automotores. Eles, na possibilidade de haver rastreadores, aparelhos de rastreamento, eles deixam o veículo adormecer para ver se vai ser recuperado ou não. Se não buscarem, eles ficam livres para vender. No caso aí, os três tinham rastreadores”, disseram os delegados. 

ENTENDA O CASO

Os motoristas Márcio Rogério Carneiro, 34 anos, Elizeu Rosa Coelho, 58 anos, e Nilson Nogueira, de 42, desapareceram na última semana em Cuiabá. Os três saíram para trabalhar e não retornaram. Os veículos de Elizeu e Márcio foram encontrados abandonados, mas nem sinal dos homens. Na noite de segunda-feira, os corpos de Elizeu e Márcio foram localizados pela polícia no bairro Jardim Petrópolis, na região do Chapéu do Sol, e em um lixão próximo do Capão do Pequi, ambos em Várzea Grande. O corpo de Nilson foi encontrado na terça-feira, também no Capão do Pequi.

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