O delegado Guilherme Bertoli, da Delegacia de Roubos e Furtos de Cuiabá (Derf), afirmou que os “cobradores do chicote” foram descobertos devido à "própria burrice" e o modo atrapalhado de agir. Ele contou que as investigações tiveram início a partir da divulgação do vídeo que os bandidos aparecem torturando um comerciante em débito com credores.
"A partir do momento que esse vídeo vazou, devido à burrice desse criminoso, que além de praticar o crime ainda filma e divulga, foi possível iniciar a investigação e representar pela prisão", afirmou o delegado.
Bertoli afirmou ainda que as imagens só vazaram devido ao modo atrapalhado e petulância dos criminosos, que quiseram desafiar as autoridades, pois só três meses após o crime que o vídeo das agressões veio à tona.
O policial ainda disse que os criminosos são um "bando de covardes e patetas", que são muito corajosos enquanto estão com uma vítima subjugada, mas que quando a polícia chega, o comportamento muda.
"Eles torturam as vítimas, mas quando um criminoso é preso, o lado 'machão' desaparece e ele começa a chorar dizendo que não fez nada. Bando de covardes e patetas", bradou.
Nas imagens, o homem é agredido com tapas, socos e pontapés, enquanto é açoitado com um chicote pelos criminosos, que o cercam em um estacionamento.
Segundo a ocorrência, a vítima foi sequestrada pelos cobradores com intuito de acertar uma dívida. Ele foi sequestrado e mantido em cárcere privado, e os bandidos exigiam a quitação do débito para que ele fosse libertado.
O pai da vítima acionou a polícia que, durante abordagem em um ponto de encontro para onde os suspeitos exigiam que fosse levado o dinheiro, a vítima foi libertada.
OPERAÇÃO PIRAIM
Na última quarta-feira, a Polícia Civil deflagrou a operação contra os integrantes e contratantes da quadrilha do chicote, como ficou conhecida, que torturava comerciantes que possuíam débitos com agiotas. As investigações mostraram que, na maioria dos casos, os suspeitos cobravam juros exorbitantes, fazendo com que as vítimas abrissem mão de suas propriedades, como carros.
Os executores que aparecem nos vídeos espancando as vítimas a chicotadas ainda não foram encontrados, mas a polícia informou que sabe os locais em que eles podem estar, e as buscas continuam para realizar a captura dos suspeitos. São eles Sérgio da Silva Cordeiro, José Augusto Figueiredo, Benedito Luiz Figueiredo e Guilherme Augusto Ribeiro.
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