Sachetti injustiçado

Na primeira grande crise na Agecopa, quando o ex-presidente Adilton Sachetti foi defenestrado da autarquia, ainda no ano passado, os diretores remanescentes afirmavam que o indicado de Blairo Maggi não gostava de Cuiabá, porque só queria fazer a Arena Pantanal, sem mexer com obras de mobilidade e melhoramentos urbanos de Cuiabá e Várzea Grande. Sachetti, na sua franqueza apolítica, chegou a admitir que obras de melhoramento urbano eram responsabilidade das respectivas prefeituras. Na época, acabou confirmando a tese de que não gostava de Cuiabá. Pois bem, passados quase um ano , duas novas leis da Agecopa e um novo presidente depois, começa-se a perceber, ainda que forçosamente, que Sachetti tinha razão e foi injustiçado. Eis o legado de Ego Morales na Agecopa até o momento, prestes a completar seis meses no "comando" da Agecopa: 1) perda de R$ 357 milhões do Dnit - que já estavam em fase final de licitação - para 8 viadutos, 6 trincheiras, 2 pontes e alargamento da Fernando Correa, Miguel Sutil e Av. da FEB; 2) eliminação de praticamente 100% das obras do entorno da Arena, para se colocar dinheiro na própria Arena (algo que vem sendo mantido dentro da caixa preta de Ego, mas que vai aparecer logo, logo); 3) mudança do modal de transportes com o encarecimento, às expensas do contribuintes, de quase R$ 1 bilhão; desintegração e desmoralização total da diretoria da Agecopa; e 4) aumento da sensação, cada dia mais forte, que Mato Grosso não vai dar conta de se preparar para receber os jogos da Copa.

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