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Mundo Terça-feira, 24 de Maio de 2011, 14:57 - A | A

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Terça-feira, 24 de Maio de 2011, 14h:57 - A | A

Nos EUA, premiê de Israel diz que paz exige concessões dolorosas

Contudo, o premiê disse que não concordará com nenhum acordo que ameace a segurança ou a identidade de seu país

DA FOLHA DE SÃO PAULO

O premiê israelense Binyamin Netanyahu afirmou em discurso no Congresso dos EUA nesta terça-feira que a busca da paz com os palestinos irá exigir "concessões dolorosas". Elas incluem a entrega "de terras bíblicas queridas para os judeus".

"Estou disposto a fazer as dolorosas concessões para atingir essa paz histórica. Como líder de Israel, é minha responsabilidade", disse ele em discurso ao Congresso norte-americano.

"Não é fácil para mim. Isso não é fácil, porque eu reconheço que a verdadeira paz necessitará da entrega de partes da terra natal ancestral dos judeus', disse ele, referindo-se ao território invadido na Cisjordânia.

Susan Walsh/Associated Press
Premiê Binyamin Netanyahu diz no Congresso dos EUA que paz exigirá 'concessões dolorosas'

Contudo, o premiê disse que não concordará com nenhum acordo que ameace a segurança ou a identidade de seu países como um "Estado judeu".

HAMAS

Referindo-se ao Hamas (o grupo extremista que governa a faixa de Gaza), o premiê disse que Israel não negociará com "terroristas".

Ele pediu ao presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Mahmoud Abbas, que desfaça o acordo firmado com o Hamas para a divisão de poder na Palestina.

Netanyahu também disse que Israel não precisa da ajuda dos EUA para manter a estabilidade na região.

'Nós não precisamos que vocês exportem a democracia para nós, já a adotamos. Nem precisamos que enviem tropas para Israel, nos já nos defendemos. Vocês [EUA] tem sido generosos em nos dar as ferramentas para que Israel se defenda sozinho', disse.

Em discurso sobre o Oriente Médio nesta semana, o presidente americano Barack Obama havia afirmado que um acordo de paz entre israelenses e palestinos deveria ser firmado nas bases das fronteiras anteriores à Guerra dos Seis Dias, em 1967.

Obama não disse, porém, que deveria haver um retorno às fronteiras exatas pré-1967. Segundo ele, israelenses e palestinos devem fazer acordos de trocas de terras.

"Como o presidente Obama disse, elas serão diferentes das de 1967. Queremos a paz, precisamos da paz, queremos paz entre dois povos, vivendo em um Estado palestino e um Estado judaico. É meu compromisso levar meu povo para o caminho da paz", disse Netanyahu.

No entanto, ele disse que que Israel não pode ser tratado como um "invasor estrangeiro". "É a nossa terra, nenhuma distorção da história pode negar nosso laço milenar com nossas terras. Mas é verdade que os palestinos dividem uma parte conosco, merecem dignidade, serem pessoas livres vivendo em seu próprio Estado. Queremos paz, mas os palestinos têm que aceitar o Estado de Israel'.

O premiê disse ainda que a questão dos refugiados palestinos deve ser resolvida 'fora dos entornos de Israel', e que Jerusalém não pode ser dividida e deve ser a capital única do Estado de Israel.

AMIZADE COM EUA

O discurso do premiê israelense foi recebido de maneira calorosa pelos congressistas americanos. Ele recebeu aplausos e ao menos duas dezenas de ovações no meio de seu discurso.

Em discurso ao Congresso americano nesta terça-feira, o premiê israelense, Binyamin Netanyahu, reafirmou a amizade de seu país com os Estados Unidos, dizendo que Israel "não tem melhor amigo que os EUA", e vice-versa.

"Juntos, defendemos a democracia, o avanço da paz e a guerra ao terror. Parabéns, EUA, parabéns presidente Obama, você pegou Bin Laden", disse ele no início do pronunciamento. "No Oriente Médio, Israel é um aliado fiel, sempre estivemos ao lado dos EUA e continuaremos assim", afirmou Netanyahu.

Ele disse ainda que Israel garante a estabilidade na região. "Nós não precisamos que vocês exportem a democracia para nós, já a adotamos. Nem precisamos que enviem tropas para Israel, nos já nos defendemos. Vocês [EUA] tem sido generosos em nos dar as ferramentas para que Israel se defenda sozinho".

REVOLTAS ÁRABES

No discurso, Netanyahu se referiu às revoltas populares na região, dizendo que são "tempos conturbados" no Oriente Médio, e que há a "chance de liberdade". "Milhares de pessoas jovens estão determinadas a mudar seu futuro. Elas merecem dignidade, desejam liberdade. Hoje a região vive um impasse. Rezo para que as pessoas da região escolham o caminho da liberdade", afirmou.

O líder israelense disse ainda que os "direitos humanos, a Justiça e a liberdade" têm de ser respeitados. "Israel sempre abraçou esse caminho. Somos diferentes de países onde mulheres são apedrejadas, cristãos são perseguidos", afirmou, em uma crítica ao Irã.

"Hoje, manifestantes corajosos lutam para garantir esses mesmos direitos em suas sociedades. Temos orgulho por termos garantido isso para nossos cidadãos há décadas. Dos cerca de 300 milhões de árabes, menos de 1% são realmente livres, e todos são cidadãos de israel. Por isso, posso dizer que Israel é o que está certo no Oriente Médio, Israel não é o que está errado", disse.

"Queremos que todos os árabes sejam livres, que um dia sejamos apenas uma de muitas democracias no Oriente Médio. A democracia começou a criar raízes na região e a ser a esperança de um futuro verdadeiro, de paz e prosperidade. Mas enquanto esperamos e trabalhamos pelo melhor, temos que reconhecer que existem forças que se opõem à paz e ao futuro. Uma delas é o Irã, que brutaliza seu próprio povo, subjuga Líbano e Gaza, ataca forças dos Eua no Iraque e no Afeganistão", afirmou.

O premiê de Israel disse que é preciso impedir que o Irã obtenha armas nucleares, e que "o tempo está se esgotando". "Um regime islâmico com armas nucleares ameaça o mundo e o próprio islã. Mas tenho certeza de que [o Irã] será derrotado, sucumbirá às forças da liberdade. Um irã com armas nucleares tornaria os terroristas em uma ameaça clara e presente para o mundo. Se não os pararmos, eles agirão. Podem colocar uma bomba em qualquer lugar, em mísseis, navios, em uma mala, em um metrô", disse ainda Netanyahu.

"Grande parte da comunidade internacional trata a causa da destruição com silêncio. Outros condenam Israel por se defender da ameaça do Irã. Mas não vocês, não os EUA. Vocês agem diferente, punem o Irã com sanções, a história os saudará, EUA! Peço q continuem a mandar uma mensagem inequívoca de que nunca permitirão que o Irã desenvolva armas nucleares", acrescentou.

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Álbum de fotos

Susan Walsh/Associated Press

Susan Walsh/Associated Press

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