As declarações, feitas ontem à noite (5), ocorreram três dias após a administração Trump afirmar que forças americanas realizaram um ataque no Caribe, afundando um barco que teria pertencido à gangue venezuelana Tren de Aragua, acusada de traficar drogas para os EUA. O ataque matou 11 pessoas, mas a versão americana foi questionada por Caracas.
"Venezuela está sempre pronta para o diálogo, mas exigimos respeito", disse Maduro em discurso em uma base militar em Caracas. "Nenhuma de nossas diferenças justifica um conflito militar de alto impacto na América do Sul". O ataque gerou reação em toda a América Latina, região que sofre efeitos de incursões americanas anteriores.
Vestido com uniforme militar, Maduro supervisionou uma cerimônia em que ordenou a mobilização de milícias civis e afirmou que haveria uma "luta armada" em caso de ataque.
Washington enviou mais de 4 mil tropas e recursos navais à região, afirmando que a ação tem como alvo cartéis de drogas latino-americanos. Autoridades americanas não indicaram uma incursão terrestre na Venezuela, mas Maduro denunciou o reforço militar como uma ameaça de invasão.
Ele acusou os EUA de fabricar alegações de tráfico de drogas para justificar uma mudança de regime, citando a decisão de Washington, no mês passado, de dobrar a recompensa por sua captura para US$ 50 milhões.
A ameaça vaga de intervenção americana tem sido utilizada por Maduro para reunir apoio interno, em meio à diminuição de seu respaldo político no país.
(Com Agência Estado)
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