Lula já havia indicado aos organizadores suíços e aos ucranianos que não participaria da conferência. O encontro global almeja discutir com altos representantes, chefes de Estado e de governo a "fórmula de paz" com 10 pontos centrais, elaborada pelo presidente Volodmir Zelenski.
Kiev busca apoio a suas exigências e quer levar sua proposta à mesa para discussão com a Rússia de Vladimir Putin apenas num segundo momento. Os russos já se manifestaram contra itens da pauta de Zelenski e foram excluídos da conferência.
A Ucrânia exige a devolução de territórios - como a Crimeia tomada em 2014 - e a retirada total das tropas russas imediatamente. Moscou rejeita iniciar negociações sem manter o atual cenário no terreno, com os territórios que ocupa desde fevereiro de 2022.
O argumento de Lula é que as negociações somente vão prosperar se ambos países estiverem representados nas cúpulas internacionais. Essa posição foi verbalizada pelo petista dias antes da viagem à Europa, ao falar na necessidade de desescalada na guerra, e consta em proposta assinada por Brasil e China no fim de maio. Ucranianos e democracias ocidentais, sobretudo as representadas no G7, veem a posição do governo Lula como mais alinhada a Putin.
"O presidente cumprimentou a Suíça pela organização da conferência, mas reiterou a posição do Brasil, de que uma solução para a crise demandaria a participação de representantes dos dois lados do conflito. E reiterou o interesse do Brasil de participar e ajudar a viabilizar discussões de paz entre as duas partes", disse o Palácio do Planalto, em nota divulgada sobre o encontro bilateral no hotel onde o presidente hospedou-se.
A Cúpula sobre Paz para a Ucrânia ocorre nos dias 15 e 16, na região de Lucerna. O Brasil deve ser representado pela embaixadora Cláudia Fonseca Buzzi, representante do País na Suíça.
(Com Agência Estado)
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