Sarkozy negou as acusações, classificou o veredicto como "um escândalo" e entrou com recurso. Ele ficará detido no presídio de La Santé, em Paris, e será o primeiro ex-presidente da França moderna condenado a cumprir pena atrás das grades.
O julgamento ocorreu no final de setembro. O tribunal de Paris responsável pelo caso considerou que os ex-ministros Claude Guéant e Brice Hortefeux conspiraram para buscar financiamento da Líbia para a campanha de Sarkozy em 2007, mas que não era possível provar que o ex-presidente estava diretamente envolvido nessas ações ou que qualquer dinheiro líbio chegou a ser usado na disputa eleitoral, que terminou com a vitória do político conservador.
O juiz principal disse que Sarkozy permitiu que pessoas próximas a ele entrassem em contato com as autoridades líbias "para obter ou tentar obter apoio financeiro na Líbia com o propósito de garantir financiamento de campanha".
Apesar de permitir que Sarkozy recorra da decisão, a Justiça exigiu que ele fosse preso "sem demora" devido a "gravidade do abalo à ordem pública causado pelo crime". Ao tribunal de Paris, o ex-presidente afirmou que as acusações são "politicamente motivadas e baseadas em provas forjadas" e denunciou uma "conspiração" que, segundo ele, foi orquestrada por "mentirosos e vigaristas", incluindo o "clã de Kadafi".
Após ser preso, Sarkozy pode pedir para responder em liberdade. Os juízes terão então até dois meses para processar o pedido.
Em junho deste ano, o conservador perdeu sua medalha da Legião da Honra, a maior condecoração da França, após sua condenação por corrupção e tráfico de influência por tentar subornar um juiz, em 2014, em troca de informações sobre um caso no qual ele era citado.
Sarkozy também já foi condenado a um ano de prisão por financiamento ilegal de campanha em sua tentativa fracassada de reeleição em 2012, mas recorreu e aguarda o julgamento do recurso. (Com agências internacionais)
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.