O FMI (Fundo Monetário Internacional) aprovou esta sexta-feira um empréstimo de cerca de 26 bilhões de euros a Portugal em três anos para ajudar o país a equilibrar suas finanças públicas e sua economia, em colaboração com a União Europeia (UE).
A instituição informou, em comunicado, que seu conselho de administração aprovou o empréstimo, que faz parte de um plano de ajuda internacional de 78 bilhões de euros.
"O conjunto destes financiamentos é concebido para dar um fôlego antes que se endivide nos mercados, desde que ponha em andamento as medidas políticas necessárias para colocar nos trilhos a sua economia", explicou o FMI.
"Este importante apoio financeiro contribuirá para atenuar os custos sociais do ajuste" destes programas de austeridade, destacou o organismo internacional.
O FMI planeja conceder a Portugal --como fez com a Irlanda em dezembro-- uma facilidade prolongada de crédito, que é uma modalidade prevista para os países com necessidade de ajustar sua economia a médio prazo.
Na semana passada, a economia portuguesa entrou oficialmente em recessão, depois de uma contração de 0,7% no primeiro trimestre de 2011, maior do que a prevista, anunciou o Instituto Nacional de Estatísticas (INE). No trimestre anterior a economia portuguesa registrou contração de 0,6%.
O novo retrocesso havia sido previsto pelos economistas, como consequência dos efeitos das novas medidas de austeridade implementadas em janeiro (redução de salários e aumento do IVA, em particular) para tentar reduzir o déficit público, que chegou a 9,1% ano passado e a 10% em 2009.
Os resultados, ainda provisórios, são piores que o previsto pelos analistas, que projetavam uma contração limitada a 0,3% no primeiro trimestre ou até mesmo um crescimento zero.
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