As discussões de ontem foram um esforço de última hora dos líderes europeus para estreitar laços com Trump antes do encontro com Putin. A videochamada foi organizada pelo chanceler alemão, Friedrich Merz, e incluiu Volodmir Zelenski e vários outros líderes, incluindo a primeira-ministra italiana, Giorgia Meloni. Zelenski viajou para Berlim para a reunião.
Trump deixou os líderes na Europa preocupados ao anunciar o encontro com Putin, na semana passada. Em vários momentos, nas últimas semanas, seus aliados acreditaram que estavam convencendo o americano a adotar uma estratégia comum, até ele anunciar a cúpula com Putin às pressas.
Após conversar com os europeus, Trump pareceu satisfeito. "Tivemos uma conversa muito boa", disse ele a jornalistas após um evento no Kennedy Center, em Washington. "Eu daria nota 10. Foi muito amigável."
'Consequências'
O americano prometeu voltar a falar com Zelenski e com os líderes europeus após a reunião no Alasca. Segundo ele, se for uma boa conversa, ele quer se reunir com Zelenski logo depois. No mesmo evento, Trump afirmou que a Rússia "enfrentará consequências" se Putin não concordar em interromper a guerra. Ele não disse quais serão essas consequências, apenas as chamou de "muito severas".
Sob a presidência de Trump, muitas das sanções impostas pelos EUA contra a Rússia, desde o início da guerra, perderam força. Trump disse a um repórter que, provavelmente, não conseguirá impedir Putin de atacar civis na Ucrânia, porque já teve essa conversa com ele antes e as mortes continuam.
Em Berlim, Merz e Zelenski disseram que Trump concordou com alguns princípios para as negociações com Putin que incluem "manter a Ucrânia na mesa" de negociação e se recusar a discutir termos de paz, como troca de territórios, antes que um cessar-fogo seja estabelecido.
Eles disseram que a Ucrânia estaria disposta a abordar mudanças no território - incluindo a cessão de parte dele -, mas não discutiria o reconhecimento legal da ocupação russa de áreas do país.
Otan
Os princípios também incluem insistir em garantias de segurança para a Ucrânia após a guerra, com a manutenção de seu direito de se juntar à Otan no futuro e um compromisso de aumentar a pressão econômica sobre a Rússia se as negociações não levarem a um acordo. Trump disse que apoiava a iniciativa da Ucrânia por garantias de segurança e qualquer troca de terras seria uma decisão de Kiev, não dele, de acordo com uma autoridade que testemunhou a conversa.
No início desta semana, Trump sugeriu que poderia negociar troca de terras ucranianas com Putin. Zelenski disse ontem ter alertado Trump de que Putin estava blefando sobre suas intenções. "Eu disse que Putin não quer a paz. Ele quer nos ocupar completamente", disse Zelenski. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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