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Mundo Sexta-feira, 02 de Dezembro de 2011, 19:58 - A | A

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Sexta-feira, 02 de Dezembro de 2011, 19h:58 - A | A

DEMOCRACIA

Comparecimento às urnas chegou a 62% no Egito, diz comissão

Partido da Justiça e Liberdade, braço político da Irmandade Muçulmana, deve ser a legenda com o maior número de votos

DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS

Mais de 62% dos eleitores egípcios compareceram às urnas na primeira etapa das históricas eleições parlamentares ocorrida na segunda (28) e terça (29), informou nesta sexta-feira Abdel Moez Ibrahim, chefe da Comissão Eleitoral. A taxa correspondente a quase 8,5 milhões dos 13,6 milhões que estavam aptos a votar.

"Esta é a maior taxa de comparecimento na história do Egito desde a era faraônica até agora", comemorou Ibrahim.

O elevado número de eleitores, que fizeram longas filas nos postos de votação, foi a causa do adiamento do anúncio dos votos, que é aguardado para esta sexta-feira.

A votação foi realizada em nove das 27 províncias, entre elas Alexandria e Cairo, nesta que é a primeira eleição parlamentar desde a queda do ex-ditador Hosni Mubarak, no início do ano.

Andre Pain/Efe

Mulher deposita cédula com voto na urna, no Cairo, durante a primeira eleição no Egito após a queda de Mubarak

O Partido da Justiça e Liberdade, o braço político da influente Irmandade Muçulmana, deve ser a legenda com o maior número de votos, segundo analistas.

A expectativa é que o Al Nour, de orientação salafista ultraconservadora, fique em segundo, e a aliança liberal, o Bloco Egípcio, chegue em terceiro.

As eleições para escolher a Assembleia do Povo (Câmara Baixa) serão realizadas em três fases e se prolongarão até janeiro.

PROTESTOS

Manifestantes se reuniram no centro do Cairo hoje para lembrar as 42 pessoas que foram mortas em confrontos com a polícia no mês passado.

Manifestantes jovens também participaram do protesto desta sexta-feira para lembrar os "mártires" e reforçar sua demanda pela renúncia imediata da junta militar.

O conselho militar que atualmente governa o país e está sob pressão para entregar o poder aos civis tem dito que manterá seus poderes para nomear ou destituir um gabinete.

A Irmandade Muçulmana, o grupo islamita mais antigo do Egito, pareceu ter voltado atrás em um comunicado do chefe do partido esta semana, no qual dizia que a maioria no Parlamento deveria formar um governo.

Amr Nabil/Associated Press

Epicentro dos protestos que derrubaram Mubarak, a praça Tahrir ficou lotada após as orações de sexta-feira

Alguns egípcios temem que a Irmandade --que deve sair vitoriosa nesta eleição-- possa tentar impor restrições islâmicas em um país dependente do turismo, e onde 10% da população de 80 milhões de pessoas é da minoria cristã copta.

Mas a Irmandade, com profundas raízes na sociedades egípcia desde 1928, diz que suas prioridades são o fim da corrupção, a revitalização da economia e a estabilização de uma verdadeira democracia no Egito.

ISLAMITAS

O sucesso dos islamitas na votação do país mais populoso do mundo árabe seria a reafirmação de uma tendência no Norte da África. Islamitas moderados estão governando o Marrocos e a Tunísia --cujo governo anterior foi derrubado por um levante popular-- após vitórias eleitorais nos últimos dois meses.

Os egípcios, que estão votando pela primeira vez desde que oficiais do Exército derrubaram o rei em 1952, pareciam estar dispostos a dar uma chance aos islamitas. "Já tentamos todo mundo, então por que não tentar a sharia (lei islâmica) uma vez?", disse Ramadan Abdel Fattah, de 48 anos, um funcionário público.

A composição exata dos membros do Parlamento só será conhecida quando o demorado processo eleitoral do Egito for encerrado, em janeiro. O novo legislativo poderá desafiar o poder dos generais que assumiram o governo em fevereiro, depois que uma revolta popular derrubou o ditador Hosni Mubarak, ex-comandante da força aérea.

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Álbum de fotos

Amr Nabil/Associated Press

Amr Nabil/Associated Press

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