A ideia, de acordo com a embaixadora, é incentivar investimentos na agenda de transição climática, incluindo investimentos em infraestrutura resiliente, soluções baseadas na natureza e transição energética. "Este é um tema que vai continuar a ser discutido ao longo do segundo semestre", explicou.
O mecanismo é voltado para que se amplie o financiamento através, sobretudo, de linhas de garantias que permitem ampliar os recursos e reduzir o custo de capital. "É um mecanismo para mitigar risco. A gente sabe que muitos projetos na área de transição climática envolvem novas tecnologias ou maiores riscos e as garantias são uma forma de reduzi-las porque elas oferecem garantias", explicou. O Banco Mundial, por exemplo, poderá ser uma instituição que cobriria certas garantias.
As garantias específicas a serem cobertas também estão sendo discutidas, de acordo com a embaixadora. Por exemplo: as de primeiras perdas, a referentes a riscos de crédito, a riscos políticos, a riscos de mercados, entre outras. "Tudo está no menu que está sendo discutido: exatamente o que será esse mecanismo, onde ficará ancorado", disse. "Colocamos na trilha de finanças (do Brics) os temas climáticos como uma das prioridades, o que é uma coisa nova", continuou.
A agenda, conforme Rosito, se concentrou muito em mecanismos de redução de risco cambial, por exemplo, como o Eco Invest. "Trocamos ideias, ouvimos outras experiências. A partir daí, pode haver a replicação."
Governança Global - Outro ponto discutido de forma franca, de acordo com a secretária, é sobre como o grupo se posicionará em relação à governança global. Em especial, tratam-se de temas voltados às instituições financeiras multilaterais, que precisam, na avaliação do Brics, passar por reformas. O bloco pretende fazer discussões prévias para que o Sul Global tenha uma voz uníssona nesses debates.
"De forma geral, a ideia é a de alinhar posições do Brics sobre a reforma de cotas e governança. Essa área é uma área muito cara e o grupo quer ampliar sua voz e representação", justificou.
A co-coordenadora da área financeira do Brics disse que o grupo também deve assinar neste semestre um memorando de cooperação aduaneira. "Isso vai continuar. Tem alguns temas que vão continuar no segundo semestre." Para até o fim do ano também está prevista mais discussão sobre mecanismos de precificação de mercado de carbono.
Neste sábado, 5, haverá a divulgação de um documento sobre o consenso da área financeira ao final da reunião ministerial de finanças e presidentes de Bancos Centrais. O encontro ocorre no Rio e é realizado na véspera do encontro de cúpula do bloco.
(Com Agência Estado)
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