A derrota veio com uma decisão anunciada no fim da tarde desta quinta-feira (6), quando a Justiça argentina prorrogou uma medida cautelar existente desde 2009 e que impede a implantação da nova legislação até que seja julgada a ação movida pelo Grupo
Até esta quinta, o governo estava com uma postura intransigente, dizendo que iria implantar a lei de qualquer forma, mas voltou atrás. "Essa decisão é vergonhosa e se pedirá à Corte que reveja este ato que lesiona a democracia", disse na noite de quinta o chefe da Autoridade Federal de Serviços de Comunicação Audiovisual (Afsca), o órgão responsável por controlar e aplicar a lei.
"É o funcionamento da instituição. Nós entendemos que é uma decisão arbitrária", disse ao G1 o governador da província do Chaco, diretor da Afsca e vice-presidente do conselho nacional do Partido Justicialista, Jorge Capitanich. Segundo ele, nesta sexta haverá reuniões da Afsca e será um "dia normal".
MINIPANELAÇO
A decisão sobre a medida cautelar - aliada à chuva forte que cobriu Buenos Aires nesta quinta-feira - desanimou a oposição ao governo argentino. O panelaço marcado pelas redes sociais - com mais de 6 mil confirmações na página do Facebook - foi pequeno, embora animado. Por volta de 20h, cerca de 100 pessoas se reuniram em frente à sede do poder Judiciário e cantaram o hino nacional, leram o preâmbulo da Constituição, gritaram por justiça e, claro, bateram panelas.
O advogado Marcelo Moran, um dos organizadores deste protesto e do último que reuniu milhares em 8 de novembro, disse que o grupo que escolhe as datas e começa a campanha virtual pela marcha é composto de cerca de 10 pessoas. "Nenhuma com ligações partidárias", disse ele. No paneçaço desta quinta realmente não se viam placas ou siglas de partido - mas uma bandeira da operadora de TV por assinatura Cablevisión, do Grupo Clarin, foi hasteada no centro do miniprotesto.
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