A primeira audiência do "Caso Mirela" acontece nesta quinta-feira (27), às 14 horas na 14ª Vara Criminal de Cuiabá. A menina de 11 anos morreu em junho de 2019, em Cuiabá, sob suspeita de ter sido envenenada por sua madrasta Jaira Gonçalves de Almeida.
Nesta audiência serão colhidos os depoimentos das testemunhas de defesa e acusação. Em seguida, o juiz irá decidir se Jaira será julgada ou não pelo Tribunal do Júri.
Mirella Poliane Chue morava com o pai e a madrasta no bairro Nossa Senhora Aparecida, na Capital, quando morreu no ano passado. Os médicos não conseguiram apontar uma causa para a morte e por isso o corpo dela foi encaminhado para necropsia. Exames mais detalhados encontraram vestígios de veneno na corrente sanguínea.
Um mês após a morte da criança, Jaíra foi presa. De acordo com a Delegacia Especializada de Defesa da Criança e do Adolescente (Deddica), a madrasta teria colocado veneno na comida da menina em pequenas doses, entre abril e junho do ano passado.
À época, os delegados informaram que todas as vezes que a menina passava mal era socorrida e levada ao hospital, lá ficava internada 3 a 7 sete dias e melhorava, em razão de ter cessado a administração do veneno. Mas ao retornar para casa, voltava a adoecer novamente.
Herança maldida
A motivação para a madrasta cometer o crime seria uma herança que a menina tinha recebido, ao nascer, fruto de uma indenização pela morte de sua mãe, durante parto dela em um hospital da Capital, por erro médico.
A ação foi movida pelos avós maternos da criança, que ingressou na Justiça pela indenização, que em 2019, após 10 anos, foi encerrado o processo, com causa ganha à família de R$ 800 mil, incluindo os descontos de honorários advocatícios.
Parte do dinheiro ficaria depositado em uma conta para a menina movimentar somente na idade adulta. A Justiça autorizou que fosse usada uma pequena parte do dinheiro para despesas da criança, mas a maior quantia ficaria em depósito para uso após a maioridade, aos 24 anos.
O pagamento da ação iniciou em 2019. Até 2018, a menina era criada pelos avós paternos. Em 2017, a avó morreu e no ano seguinte (2018) o avô faleceu também, passando a garota a ser criada, naquele mesmo ano, pelo pai e pela madrasta. A partir daí iniciou o plano da mulher para matar a criança com o objetivo de ter acesso ao dinheiro.
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