O ex-governador Pedro Taques (SD) teve as contas reprovadas por unanimidade em sessão do Tribunal Regional Eleitoral (TRE), nesta quinta-feira (06). O processo esteve sob relatoria do juiz Sebastião Monteiro e se refere à campanha de 2018, quando Taques concorreu à reeleição e foi derrotado nas urnas pelo atual governador Mauro Mendes (DEM). A decisão também se estende ao então candidato a vice, Rui Prado.
De acordo com os autos, a arrecadação da campanha foi de R$ 2,4 milhões, no entanto, o candidato, que à época era do PSDB, contraiu despesas de R$ 4,8 milhões. No total, 46,65% dos gastos da campanha tucana seriam irregulares. A porcentagem corresponde a um valor de mais de R$ 2,2 milhões.
Dentre as despesas irregulares, Monteiro citou R$ 30 mil gastos com a Data Data Talk Agência de Tecnologia e Comunicação, despesa que teria sido cancelada, mas não houve comprovação. Também foi citada um gasto de R$ 17,4 mil com a empresa Sal Aluguel de Carros Ltda., realizada sem qualquer tipo de documento comprobatório.
O relator ainda apontou outras regularidades, como um débito milhonário assumido pelo Diretório Nacional do PSDB, ao qual Taques era filiado e que constitui vicío formal, pois o partido não informou a origem dos recursos para quitar o débito.
Em ressalva, o magistrado também pontuou sobras financeiras na ordem de R$ 300 reais a título de impulsionamento no Facebook. O valor deverá ser recolhido aos cofres do partido. O ex-governador também deverá devolver ao Tesouro cerca R$ 2 mil reais que foram recebidos durante a campanha de forma irregular.
Fábio Henrique Fiorenza, Bruno D’Oliveira Marques, Jackson Coutinho, Gilberto Lopes Bussiki e Sebastião Barbosa acompanharam o voto de Sebastião Monteiro.
Derrota amarga
Em 2018, Taques não teve êxito em sua reeleição em Mato Grosso. O tucano foi derrotado pelo democrata Mauro Mendes, que teve vantagem expressiva.
No pleito, Taques recebeu pouco mais de 19% dos votos, enquanto Mendes foi a preferência de quase 60% dos eleitores mato-grossenses.
O ex-tucano ainda ficou atrás de Wellington Fagundes, do Partido Liberal, que teve 19,5% dos votos.
Outro lado
À reportagem, o ex-governador disse que respeita a decisão do Tribunal Regional Eleitoral, mas irá recorrer. Taques salientou também que a decisão não causa inelegibilidade
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