A juíza Selma Rosane de Arruda, da Sétima Vara Criminal, determinou a realização de perícia nos documentos fornecidos pela colaboradora Marisol Castro Sodré, acusada de envolvimento em desvio da Assembleia Legislativa (AL) nos anos em que o ex-deputado José Riva (sem partido) era presidente da Casa. As supostas fraudes são investigados na Operação Metástase.
De acordo com a investigação, José Geraldo Riva utilizava parte do dinheiro desviado das "verbas de suprimento" para o pagamento de despesas pessoais, como o combustível de sua aeronave e honorários advocatícios, além de servir também para corromper políticos e lideranças do interior, por meio de um mensalinho.
O ofício solicitando a análise e os materiais a serem periciados foram encaminhados à Perícia Oficial de Identificação Técnica (Politec) nesta quarta-feira (21). São requeridas a verificação do pen drive apreendido, a data em que foram realizadas as últimas movimentações em cada um dos arquivos constantes e se é possível identificar e recuperar quais foram as alterações ocorridas.
Nas planilhas recolhidas, a juíza solicita a determinação dos valores a que se referem aos gastos realizados pelo gabinete; se planilhas foram inseridas em quantias pessoais do então deputado; as quantias gastas com desvio de finalidade. Em relação aos manuscritos, a magistrada busca se os mesmos representam algumas das planilhas trazidas pela colaboradora aos autos.
O ofício determina o prazo de 30 dias para que seja encaminhado os laudos de perícia ao juízo da Sétima Vara.
A citada perícia já havia sido solicitada, anteriormente, pela defesa dos réus, porém, a juíza negou o pedido alegando eu elas seriam feitas no momento oportuno.
Célula Mãe
Segundo o Ministério Público Estadual (MPE), Riva teria comandado seus servidores no esquema em que desviou R$ 2 milhões por meio de compras falsas usando a verba de suprimento de fundos.
Além do ex-deputado, foram presos os ex-chefes de gabinete Maria Helena Caramelo, que também já conseguiu liberdade e Geraldo Lauro.
Durante a fase de instrução do processo na Sétima Vara Criminal, testemunhas relataram à juíza Selma Rosane de Arruda que o ex-deputado usava a verba para pagar funerais, caixões, atendimentos médicos, formaturas e 'outros mimos'.
Empresários convocados para depor afirmaram que nunca forneceram mercadorias à Assembleia, embora suas empresas tivessem sido incluídas na prestação de contas do ex-deputado Riva
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