A proposta de paridade de gênero para a lista sêxtupla do Quinto Constitucional foi aprovada sob aclamação dos presentes em sessão pública da Ordem dos Advogados do Brasil - Seccional Mato Grosso (OAB-MT), nesta quinta-feira (26). A sugestão da cota foi patrocinada pela diretoria da entidade, presidida por Gisela Cardoso. O Conselho Pleno da Ordem também definiu pela escolha indireta dos nomes que comporão a lista.
A presidente da OAB-MT, Gisela Cardoso, defendeu a paridade de gênero. Durante a defesa da proposição, Gisela pontuou que dos cerca 3 mil advogados membros de comissões da entidade mais de 1,7 mil são mulheres.
"A maioria das mulheres que estão aqui hoje ou estão por conta das cotas ou da paridade. A competência não se discute nesse momento. Nós precisamos de algo mais além da competência, precisamos de oportunidade e é isso que as cotas, que a paridade e as políticas afirmativas nos dão", declarou Gisela.
"Fizemos história nessa sessão. Que honra a minha poder presidir essa sessão”, falou Gisela emocionada, depois da aprovação da paridade.
A sessão, que teve início às 14h40, começou sob intenso debate acerca da consulta direta para a escolha dos componentes da lista sêxtupla. As teses favoráveis a essa hipótese foram defendidas pelo advogado Pio da Silva e pelo conselheiro José Patrocínio Júnior.
A diferença entre os dois era que, no caso de José Patrocínio, além da consulta direta aos inscritos na Ordem, o conselheiro também defendia a regionalização das vagas. Venceu, porém, a escolha indireta, isto é, por meio dos conselheiros da OAB. A defesa dessa linha foi patrocinada na tribuna pelo conselheiro José Moreno, que argumentou a possibilidade de abuso do poder econômico na escolha descentralizada. Isso porque, advogados com maior poder econômico teriam mais recursos para percorrer o Estado em campanha.
A conselheira federal Claudia Negrão endossou o discurso, alegando que a escolha por meio dos conselheiros já é democrática, uma vez que o Conselho reúne representantes do interior.
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