O juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, decidiu manter o uso de tornozeleira eletrônica para Kellen Mayara Silva Rodrigues dos Santos, acusada de envolvimento com um grupo criminoso que realizava golpes financeiros virtuais. A decisão foi proferida nesta quarta-feira (14).
Ela foi uma das investigadas na Operação Gênesis, deflagrada pela Polícia Judiciária Civil em março de 2023 para combater uma organização criminosa envolvida em golpes virtuais que causaram prejuízos superiores a R$ 1 milhão para as vítimas. Na ocasião, foram cumpridos 97 mandados de prisão e de busca e apreensão em Cuiabá, Várzea Grande, Santo Antônio do Leverger e Cáceres. Os criminosos também respondem pelo crime de lavagem de capitais.
A defesa da acusada havia solicitado a retirada do monitoramento eletrônico, alegando que Kellen Mayara está há mais de 15 meses com a medida cautelar e que o equipamento estaria prejudicando suas atividades profissionais. No entanto, o juiz considerou que ainda persistem os motivos que justificam a manutenção da medida, especialmente pelo fato de a ré ter “vendido” suas contas bancárias para o grupo criminoso, facilitando o recebimento de valores ilícitos.
“Ademais, em que pese os predicados favoráveis aduzidos pela requerente, tais argumentos não afastam a gravidade das condutas perpetradas por ela. No caso dos autos, a medida de monitoramento eletrônico é proporcional e necessária diante das circunstâncias dos fatos, não existindo fatos novos que justifiquem sua revogação”, sentenciou o juiz.
Bezerra também destacou que a acusada não foi encontrada para ser citada pessoalmente, o que reforça a necessidade do monitoramento. O juiz explicou que a tornozeleira eletrônica é uma medida menos gravosa e adequada às circunstâncias, não representando constrangimento ilegal. Assim, o pedido de retirada do equipamento foi negado, e o monitoramento eletrônico será mantido.
OPERAÇÃO GÊNESIS
A Operação Gênesis, realizada em Cuiabá, teve como objetivo desarticular uma organização criminosa especializada em fraudes financeiras. O grupo era acusado de utilizar contas bancárias adquiridas de forma ilícita para receber valores oriundos de golpes aplicados em vítimas. A investigação revelou que os membros da quadrilha estavam envolvidos em uma série de atividades fraudulentas, incluindo a manipulação de dados bancários e a lavagem de dinheiro, facilitando a movimentação de recursos de origem criminosa.
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