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Justiça Domingo, 01 de Junho de 2025, 08:00 - A | A

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CRIME DE GÊNERO

Justiça acelera julgamentos, mas feminicídios continuam em alta em MT

Em 2024, 169 casos de feminicídio foram julgados, mas a incidência do crime continuou alta, com 47 ocorrências no mesmo período

ANDRÉ ALVES
Da Redação

Enquanto Mato Grosso registrou 47 feminicídios em 2024, a Justiça do Estado julgou quase quatro vezes esse tipo de crime no mesmo período, com 169 casos. Em 2025, a tendência na aceleração dos trâmites judiciais continua com 25 julgamentos para oito casos nos três primeiros meses do ano. As informações são da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP-MT) e Corregedoria-Geral da Justiça (CGJ).

Apesar do avanço judiciário, infelizmente, os dados colocam o estado como o mais letal para as mulheres. De acordo com o Sistema Nacional de Informações de Segurança Pública (Sinesp), Mato Grosso liderou o ranking de feminicídios no ano passado, com 1,23 morte a cada 100 mil habitantes, seguido por Mato Grosso do Sul e Piauí.

LEIA MAIS: Vídeo revela requintes de crueldade em feminicídio cometido por PM

Nessas estatísticas não estão casos recentes que abalaram o estado, como o do policial militar Ricker Maximiniano de Moraes, que matou sua esposa Gabrieli Daniel Sousa de Moraes, no último domingo (25), no bairro Praerinho, em Cuiabá. Ou o caso do médico Bruno Felisberto Tomiello, que matou sua namorada, a adolescente Ketlhyn Vitória de Souza, de 15 anos, no dia 03 de maio, em Guarantã do Norte (745 km de Cuiabá). A Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) concluiu que o tiro foi voluntário, mas ainda não houve uma denúncia por feminicídio.

LEIA MAIS: Politec conclui que tiro que matou adolescente foi voluntário, e não acidental

Entre os condenados estão Douglas Souza Pacheco, condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato de sua amante, Katiane Rosa Prociuncula Dias, em novembro de 2022. Ele a atropelou e arrastou propositalmente na Rodovia Anel Viário, causando sua morte. Segundo o Ministério Público, os dois mantinham um relacionamento há mais de cinco anos.

LEIA MAIS: Homem que matou amante atropelada é condenado a 25 anos de prisão

Outro condenado, em julho de 2024, foi Neif Schnadelbach, que matou sua esposa por não aceitar o fim do relacionamento. Ele entrou na residência de Janaina Aparecida Martins no dia do seu aniversário e a matou com dois disparos de arma de fogo, na presença das filhas.

HNT

Gráfico feminicídio

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

CRIMES NÃO DIMINUÍRAM

Apesar da maior quantidade de julgamentos, as estatísticas da Sesp mostram que, pelo menos nesses casos, os crimes não diminuíram. Enquanto em 2024 foram 47 feminicídios, em 2023 os casos foram praticamente os mesmos: 46. Já considerando os três primeiros meses de 2024 e 2025, os números foram exatamente iguais: oito.

Já para os crimes de naturezas diversas contra mulheres entre 18 e 59 anos, os números não demonstram uma queda significativa. Foram 11.909 em 2023 e 11.707 em 2024. Nessas estatísticas não entram homicídios nem feminicídios. No entanto, são contabilizados crimes que incluem desde ameaças, lesão corporal, injúria, stalking, calúnia, violação de domicílio, estupros, tortura, entre outros — sendo os três primeiros a maioria, com 8.210 em 2023 e 7.770 em 2024.

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