O juiz Hugo José Freitas da Silva, da 1ª Vara Criminal de Lucas do Rio Verde (330 km de Cuiabá), determinou a quebra de sigilo de aparelhos celulares pertencentes a Nithiely Catarina Day Souza, a "princesinha macabra". Decisão consta em processo no qual a jovem, de 19 anos, é indiciada por tráfico de drogas. Em outra ação, Nithiely, que usava o nome de Emanuely Sousa, responde por homicídio qualificado por comandar o degolamento de Gediano Aparecido da Silva.
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"Dos argumentos e provas colacionadas aos autos pela autoridade policial, verifica-se o envolvimento dos usuários dos aparelhos celulares em questão na prática delitiva em comento, bem como a necessidade e adequação da medida para a investigação criminal, a fim de buscar a verdade real dos fatos criminosos em apuração e das pessoas nele envolvidas", explicou o juiz ao deferir a medida. Ainda conforme a determinação, serão periciados um aparelho da marca Samsung e outro, da marca Apple.
Ao analisar pedido de liberadade provisória formulado pela defesa, o magistrado concluiu pelo indeferimento, mantendo a prisão da "princesinha macabra" -- que já havia tido a prisão convertida no processo em que responde pelo assassinato cruel de Gediano Aparecido. Na argumentação, o juiz citou que com a menina foram apreendidas porções de maconha e cocaína, além das evidências de que a indiciada faz parte da facção Comando Vermelho, inclusive, dirigindo loja própria para o comércio de drogas.
"Analisando detidamente os autos, verifico que a materialidade delitiva está comprovada nos autos, por meio do Auto de Prisão em Flagrante Delito, do Boletim de Ocorrência, do Termo de Apreensão, do Relatório de Investigação nº. 2021.13.5923, do Exame Preliminar de Constatação de Substância Entorpecente, do Exame de Eficiência de Arma de Fogo e do Anexo Fotográfico", diz.
ASSASSINATO
Gediano Aparecido da Silva, de 19 anos, foi degolado em um "salve" da facção criminosa Comando Vermelho, em Lucas do Rio Verde. No dia 26 de janeiro, a cabeça de Gege, como era conhecido, foi encontrada em um saco de lixo. No dia seguinte, policiais militares avistaram o corpo decapitado da vítima no rio Piranhas.
Em um vídeo gravado durante a execução, a "princesinha macraba" ordena que a vítima fosse morta "na faca" para que não houvesse barulho de tiros.
Após diligências ininterruptas, policiais militares e civis conseguiram localizar e prender a suspeita, na tarde da última quarta-feira (2), no bairro Alvorada.
Segundo as informações, para a prisão, foram mobilizadas equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil incluindo Força Tática, Serviço de Inteligência e do policiamento especializado, por meio da Cavalaria.
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