O interrogatório do juiz Raphael Casella, da 8ª Vara Federal da Seção Judiciária de Mato Grosso, ocorre nesta quinta-feira (23). Ele é alvo de processo disciplinar no Conselho Nacional de Justiça (CNJ) por ter, em tese, dissimulado sua participação societária no Hotel Monte Carlo, em Cáceres (200 km de Cuiabá). Três procuradores da República e uma defensora pública da União foram arrolados como testemunhas do Ministério Público Federal (MPF).
A audiência terá início às 9h e todas as testemunhas de acusação devem ser ouvidas até as 10h45, conforme determinação do relator, conselheiro João Paulo Schoucair. No período da tarde, as quatro testemunhas da defesa deverão ter as oitivas cumpridas. Duas das oitivas agendadas para o período matutino são de testemunhas arroladas por ambas as partes.
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De acordo com a acusação, Raphael Casella seria o verdadeiro proprietário do Hotel Monte Carlo, em contrariedade à Lei Orgânica da Magistratura (Loman), e teria usado laranjas para dissimular sua participação na empresa, incluindo a ex-esposa, Thais Scaff, que também irá depor.
Diálogos interceptados a partir da apreensão do celular de Raphael Casella, porém, revelaram que era ele quem praticava os atos de gestão do hotel. Testemunhas também confirmaram que o magistrado entregava cartões do hotel para as pessoas que compareciam às audiências na Justiça Federal.
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