O ex-funcionário da HB20 Construções, João Jorge Souza Catalan Mesquita, disse na segunda oitiva à Polícia Civil que uma das negociações de propina ocorreu em reunião no gabinete do vereador por Cuiabá, Chico 2000 (PL), que à época estava na presidência da Câmara. Segundo o depoimento à Delegacia Especializada de Combate à Corrupção (Deccor), após conversar com Chico ele foi levado para a sala de Sargento Joelson (PSB), que recebeu R$ 150 mil em três transferências Pix.
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A juíza Edna Coutinho acentuou que os gabinetes eram usados como "palco para as negociações ilícitas e entrega de parte da propina, desvirtuando a finalidade pública do mandato do parlamentar".
(...) os gabinetes dos vereadores investigados foram utilizados como palco para as negociações ilícitas (...)
Por isso, a juíza justifica que designou mandados de busca e apreensão nos gabinetes. De acordo com Edna Coutinho, era "imprescindível" realizar os procedimentos para obter formas a fim de confirmar que os espaços públicos eram usados para "prática de corrupção".
Os mandados nos gabinetes foram cumpridos por agentes da Polícia Civil nesta terça-feira (29). O prédio do Legislativo foi esvaziado e, em seguida, fechado, proibindo a entrada de qualquer servidor. Os agentes se dirigiram às salas ocupadas por Chico e Joelson. A decisão de Coutinho autorizou o recolhimento de documento e equipamentos eletrônicos que foram encaminhados à Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
As casas dos respectivos vereadores também foram alvos de buscas. Ambos entregaram os passaportes e celulares. Além disso, a juíza determinou o sequestro de bens para cobrir os R$ 250 mil, soma do total da suposta propina paga aos dois.
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