A empresa HB20 Construções, citada na investigação da Polícia Civil que apura suposto pagamento de propina aos vereadores Chico 2000 (PL) e Sargento Joelson (PSB), denunciou o delator do esquema, João Jorge Souza Catalan Mesquita, por estelionato. A ação é de julho de 2024. Ocorre que à época, o delator era contratado para fazer serviços de topografia à empresa, não realizava o trabalho e, mesmo assim, emitia notas frias. João Jorge receberia R$ 350 mil pelos serviços.
Em 21 de junho de 2024, um dos representantes da empresa procurou a Delegacia de Polícia Civil e denunciou a fraude. No boletim de ocorrência, ele contou que João Jorge prestava serviço terceirizado à empresa e estava fazendo medições fraudulentas e emitindo notas fiscais por um trabalho que não foi feito.
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Desconfiada, a empresa decidiu investigar e denunciar a situação. Um mês depois, a HB20 fez uma ‘notícia-crime’ do caso de estelionato. Na petição inicial, os advogados alegam que João Jorge em conluio com Felipe Augusto Viecili, através da empresa F A VIECILI, tentaram receber por um serviço não executado afim de obter vantagens ilícitas emitindo nota fiscais sem a devida prestação de serviço e efetuando a cobrança de valores que não são devidos pela HB20.
Além disso, a empresa que emite as notas ficais é uma concessionária de veículos e os funcionários desconhecem as supostas atividades de topografia prestadas por João Jorge.
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ENTENDA O CASO
Na terça-feira (29), a Polícia Civil deflagrou a Operação Perfídia, com o objetivo de investigar crime de corrupção na Câmara Municipal de Cuiabá, envolvendo a empresa responsável pelas obras do Contorno Leste.
Os vereadores Chico 2000 e Sargento Joelson são suspeitos de receber propina para aprovar a matéria legislativa que possibilitou o recebimento de pagamentos devidos pelo município à referida empresa no ano de 2023.
Uma parte dos valores foi depositada em conta indicada por um dos vereadores, e há indícios de que a outra parte tenha sido paga em espécie ao parlamentar, no interior de seu gabinete na Câmara, onde as negociações teriam ocorrido.
Os dois foram alvo de busca e apreensão, além de sequestro de bens, valores e imóveis. Chico e Joelson foram afastados de suas atividades no Legislativo Cuiabano.
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