O ex-policial militar Edvan de Souza Santos foi condenado pela terceira vez pelo Tribunal do Júri em Mato Grosso. Desta vez, a sentença, proferida na última quinta-feira (25), na comarca de Pontes e Lacerda (448 km de Cuiabá), fixou a pena em 44 anos e oito meses de reclusão, além de 40 dias-multa, pelos crimes de homicídio qualificado, tortura e roubo. Ele não poderá recorrer em liberdade e deverá iniciar o cumprimento da pena em regime fechado.
Edvan já havia sido condenado em março, em Rondonópolis, e novamente no dia 18 de setembro, também em Pontes e Lacerda, quando recebeu 22 anos e nove meses de prisão.
Preso desde 2022, ele responde a diversos processos e, segundo as investigações, integrava um grupo de extermínio que atuava em diferentes regiões do estado. A Justiça também determinou a perda do cargo público. O julgamento teve a atuação da promotora de Justiça substituta Clarisse Moraes de Ávila, com apoio do Grupo de Atuação Especial no Tribunal do Júri (GAEJúri) do Ministério Público de Mato Grosso.
O crime
De acordo com a denúncia do MPMT, os crimes ocorreram em março de 2021, em uma residência no centro de Pontes e Lacerda. O ex-PM, acompanhado de dois comparsas não identificados, apresentou-se como policial civil e afirmou estar cumprindo um mandado de busca contra Ederson Flávio de Castro. Os moradores foram rendidos e amarrados, enquanto Ederson foi levado ao quintal, onde sofreu tortura para revelar informações sobre drogas e armas. Em seguida, foi executado com dois disparos na cabeça.
O trio ainda levou três armas de fogo e três celulares das vítimas presentes na casa. Operação Letífero Edvan Santos foi alvo da Operação Letífero, deflagrada em janeiro de 2022, que desarticulou um esquema de pistolagem com ramificações na fronteira entre Mato Grosso e Bolívia, além de outras cidades do estado.
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