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Justiça Terça-feira, 23 de Julho de 2024, 11:06 - A | A

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Terça-feira, 23 de Julho de 2024, 11h:06 - A | A

EM AUDIÊNCIA

CNJ cobra data de julgamento de juiz que mandou prender mãe de vítima de homicídio

Ministro questiona demora do TJ considerando a gravidade das denúncias

ANDRÉ ALVES
Redação

O ministro Luis Felipe Salomão, Corregedor Nacional de Justiça, estabeleceu um prazo de cinco dias para que o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) informe a data da sessão administrativa que julgará a reclamação disciplinar contra o juiz Wladymir Perri. A decisão foi publicada no domingo (21).

A reclamação surgiu após o juiz dar voz de prisão à mãe de um jovem assassinado, em setembro de 2023, durante uma audiência. A mãe ficou detida por cerca de quatro horas no fórum. Na denúncia, Salomão destacou que Perri não zelou pela integridade psicológica da mulher, além de ser acusado de conduta temerária na condução de processos.

A fixação do prazo ocorreu devido à gravidade das acusações e à demora no julgamento pelo órgão local. Embora haja uma certidão indicando que o processo será incluído na pauta da próxima sessão administrativa do Tribunal, ainda não há uma data definida.

“Por diversos motivos o julgamento ainda não foi concluído no órgão local, apesar da gravidade narrada no presente feito”, destacou o ministro em sua decisão.

O julgamento da sindicância foi adiado por um pedido de vista compartilhada pelos desembargadores Rui Ramos Ribeiro e Paulo da Cunha. Além disso, o advogado de Perri apresentou um termo de renúncia de mandato, mas o documento não possui a assinatura do cliente, impedindo a verificação conforme o artigo 112 do Código de Processo Civil (CPC).

RELEMBRE O CASO

Em uma audiência no final de setembro de 2023, o juiz Wladymir Perri, da 12ª Vara Criminal de Cuiabá, deu voz de prisão à mãe de um jovem assassinado. Durante a sessão, a mãe se manifestou contra o réu, acusado de matar seu filho a tiros em 2016. A promotora Marcelle Rodrigues da Costa e Faria perguntou à mãe se ela se sentia confortável em prestar depoimento na presença do réu.

A mãe respondeu que não tinha problema, pois o réu "não era ninguém" para ela. Após essa declaração, o advogado do réu pediu respeito, e o juiz repreendeu a mãe, exigindo que ela mantivesse "inteligência emocional".

A situação se intensificou quando a mãe, ao final da audiência, jogou um copo de plástico e afirmou que o réu poderia escapar da justiça dos homens, mas não da justiça divina.

O juiz então deu voz de prisão à mãe, alegando que ela havia danificado patrimônio público. A mãe permaneceu detida no fórum por cerca de quatro horas até ser liberada. O caso gerou grande repercussão e levou o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a abrir  procedimento para apurar a conduta do magistrado. 

LEIA MAIS: CNJ decide investigar juiz Wladymir Perri por suposta conduta temerária e recorrente

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Crítico 23/07/2024

Vai ser difícil marcar julgamento parente de desembargador?

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