Dalbete Barroso, avó da jovem Emily Bispo da Cruz, de 20 anos, que foi morta a facadas pelo ex-namorado, Antônio Aluízio da Conceição Maciano, na frente do filho de 4 anos, disse esperar uma condenação com “pena máxima” ao acusado. A fala foi feita momentos antes de dar início ao julgamento do frentista pelo Tribunal do Júri, nesta quinta-feira (10), em Cuiabá. Na ocasião, a idosa ainda lamentou a barbárie do crime, que destruiu toda a sua família.
“Faz quatro meses e só agora tive condições de estar aqui para ver de perto a justiça funcionar nesse país. Que esse criminoso pegue a pena máxima que puder, essa é a justiça que eu quero. Imagina uma criança de 4 anos, com vários probleminhas de saúde, e ter que assistir um crime como esse, a sua mãe sendo assassinada, na frente dele, enquanto tentava protegê-lo”, disse à imprensa.
Emilly foi morta a facadas no dia 16 de março deste ano, no bairro Pedra 90, enquanto a jovem levava seu filho de apenas 4 anos para a escola, em plena luz do dia. O crime aconteceu na frente da criança. Durante seu depoimento, o acusado confessou que matou a companheira por ciúmes e por ela ter recusado seu pedido de casamento.
Essa é a primeira vez que Dalbete se pronuncia publicamente sobre o caso. Ao relembrar o crime, a idosa destacou que o caso abalou toda a família, os amigos e principalmente o filho de Emilly, que presenciou o momento em que a mãe foi atacada pelo acusado.
“Eu espero que haja justiça [...] fiquei muito abalada, a família toda ficou destruída e eu não tive condições mesmo de vir aqui antes, mas, hoje, eu estou aqui, pedindo justiça para a minha neta amada e querida. A Emily é minha neta e filha, eu quem criei ela, com muito carinho e muito amor, pra chegar uma pessoa como essa e destruir tudo. O meu bisnetinho também ficou destruído, o que vai ser dessa criança? Como fica a mente dele? Ter que assistir esse crime bárbaro contra a sua mãezinha”, afirmou.
O JULGAMENTO
O frentista Antônio Aluízio da Conceição Maciano é julgado em sessão do Tribunal do Júri nesta quinta. Na oportunidade, o Conselho de Sentença apreciará as qualificadoras que pesam contra o acusado: feminicídio, motivo torpe, uso de meio cruel e com recurso que impossibilitou a defesa da vítima.
À época, o réu disse que pretendia se casar com a vítima e que se incomodava com os amigos e companheiros anteriores da jovem.
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A vítima, de 20 anos, morreu em uma unidade de saúde do bairro, por choque hipovolêmico hemorrágico. O acusado fugiu depois do crime e só se entregou à polícia após contratar advogados.
Segundo informações do processo, o réu tinha um relacionamento esporádico com a vítima e manifestava comportamentos obsessivos e abusivos. Emilly, inclusive, já tinha sido agredida em outras ocasiões pelo companheiro e tinha planos de se mudar para o Paraná para se livrar das violências praticadas por ele.
O caso gerou grande comoção em Cuiabá. Pouco mais de uma semana depois do crime, centenas de pessoas se reuniram na principal rua do bairro Pedra 90 para pedir justiça pelo ocorrido, além de proteção e segurança para as mulheres.
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Salas 10/08/2023
Pena máxima conforme a senhora diz, não resolve nada, não haverá mudança alguma para as pessoas que de uma forma ou outra, foram atingidas com está ação.
1 comentários