Após a onda de ataques a ônibus e profissionais da Segurança Pública em Cuiabá e Várzea Grande, os agentes penitenciários resolveram liberar as visitas aos presos nas unidades penais de Mato Grosso, que estavam suspensas há mais de 10 dias devido à greve da categoria.
A decisão foi tomada neste sábado (11), após uma reunião entre os representantes do Sindicato dos Servidores do Sistema Penitenciário do Estado de Mato Grosso (Sindspen) e a corregedora-geral do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, a desembargadora Maria Erotides Kneip Baranjak.
João explicou que ainda será estipulado um dia de visitação para cada unidade prisional do estado. No caso da Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá, as visitas de familiares já serão liberadas neste domingo (12), Dia dos Namorados.
Ficou estabelecido que os detentos poderão receber apenas uma visita por semana. Usualmente, eles têm direito a 3 visitas por vez. Contudo, ainda será analisado se os reeducandos que se iniciaram motins na última semana terão direito a visita.
Em documento encaminhado à desembargadora Maria Erotides, o Sindspen ressaltou que a liberação da visita não tem nenhuma relação com o governo do Estado, e "as visitas somente serão permitidas pelo movimento grevista por conta da credibilidade de Vossa Excelência [a magistrada]".
Com isso, a categoria mantém a greve, deflagrada no dia 31 de maio, em luta pelo pagamento da Revisão Geral Anual (RGA) de 11,28%, apesar de a paralisação já ter sido julgada ilegal pelo desembargador Alberto Ferreira de Souza. O sindicato enfrenta multa diária de R$ 100 mil pelo descumprimento da decisão judicial.
ATENTADOS
Ao menos cinco ônibus foram incendiados na noite desta sexta-feira (10), em Cuiabá e Várzea Grande. Os crimes teria sido orquestrado por criminosos de dentro da Penitenciária Central do Estado (PCE), como uma forma de retaliação à greve dos agentes prisionais. Os bandidos também atacaram os agentes e cometeram diversos outros crimes nas duas cidades.
Setores de inteligência das forças de segurança trabalharam em conjunto durante toda a noite para identificar possíveis ameaças. Na Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp-MT) foi montado um gabinete de crise.
Até a meia-noite, 10 suspeitos haviam sido presos. Entre eles, um detento da Penitenciária Central do Estado (PCE), Reginaldo Aparecido de Brito, o "RG", apontado como o mentor da onda de ataques.
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