Mayke Toscano/Hipernotícias |
Vereador Edivá Alves considera uma injustiça as pessoas atribuírem aos membros do Conselho a responsabilidade sobre uma decisão que é exclusiva do Poder Executivo |
Integrante do Conselho Municipal de Transportes, representando a Câmara de Cuiabá, o vereador Edivá Alves (PSD) se vê numa “sinuca de bico” com o aumento do valor da passagem do transporte coletivo de R$ 2,50 para R$ 2,70, desde a zero hora do dia 11 passado.
O reajuste da tarifa depende do aval do Conselho. Em contrapartida, colegas de Legislativo do social-democrata, os vereadores Lúdio Cabral (PT) e Domingos Sávio (PMDB) ainda tentam na Justiça reverter o acréscimo, embora tenham sido derrotados em decisão de primeira instância no Judiciário.
Ex-secretário de Trânsito e Transportes Urbanos (SMTU) por mais de dois anos, Edivá é um dos poucos que entendem dos meandros para o aumento da passagem do transporte coletivo. A função que ocupou no staff municipal, aliada a lealdade ao prefeito Chico Galindo (PTB), também levou a ser indicado a compor o Conselho Municipal de Transportes.
No quarto mandato como vereador por Cuiabá, Edivá é um dos parlamentares mais experientes em questões relacionadas ao Legislativo e das articulações com o poder Executivo. Porém, durante as discussões fervorosas sobre o assunto nas últimas sessões do Legislativo, no início deste mês, apenas preferiu ouvir, sem fazer qualquer manifestação.
Uma semana antes do reajuste do transporte coletivo, o Conselho Municipal se reuniu para decidir sobre o assunto. Edivá diz que não é o Conselho o responsável por aumentar a tarifa e sim o decreto assinado pelo prefeito.
O vereador ainda considera uma injustiça as pessoas atribuírem aos membros do Conselho a responsabilidade sobre uma decisão que é exclusiva do Poder Executivo. Mesmo diante de todas as críticas e protestos contra a alta no Legislativo, o vereador nada comentou sobre o assunto.
Edivá nem mesmo assinou um projeto de Decreto Legislativo, de autoria do vereador Domingos Sávio (PMDB), para tentar reverter a situação. O documento precisava da adesão de pelos menos setes parlamentares para entrar em tramitação em caráter de urgência na Câmara e, desta forma, caso fosse aprovado, poderia derrubar o decreto do prefeito. A proposta não alcançou nem a primeira etapa, que era a votação em plenário.
Edivá narra que os integrantes do Conselho participam deste processo para opinar sobre os cálculos apresentados, por meio de tabelas, que justificariam a necessidade do aumento. “O Conselho apenas homologa os cálculos e eu não votei para aumentar a tarifa, as pessoas usam isso de má-fé”, se defendeu Edivá.
Nestes cálculos, os representantes das empresas de transporte coletivo apontam a inflação sobre produtos e serviços para colocar a frota em funcionamento, como insumos, combustíveis, salários dos trabalhadores da categoria, entre outros.
Conforme Edivá, o cálculo tarifário apresentado pelos empresários chegou a R$ 2,79. “O prefeito é quem decide o aumento e pode chegar até a este limite”, explicou Edivá.
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