Mayke Toscano/Hipernotícias
O ex-superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso Cláudio Luiz da Rosa negou em depoimento que tinha relação de amizade com o empresário Josino Guimarães. Informou apenas que o conhece por causa das investigações do assassinato do juiz Leopoldino Marques do Amaral. Claudio Rosa é testemunha arrolada pela defesa de Josino. Claudio Rosa foi afastado da superintendência da Policia Federal por determinação de juiz
Nesta quarta-feira (30) foram dois depoimentos por videoconferência e dois presenciais. Cláudio Luiz Rosa, que já está aposentado, atuou por 30 anos como delegado da Polícia Federal e 5 anos e meio como superintendente da PF em Mato Grosso.
À época da morte do magistrado, Claudio Rosa era o chefe da Polícia Federal e foi o primeiro a apontar para o assassinato do magistrado como sendo sem mandante, mas apenas por motivação pessoal da ex-escrevente Beatriz Árias.
“Beatriz tem confissão nos autos de que matou (Leopoldino). Motivação do crime é por vantagem pessoal de Árias, e por dinheiro. Por conta de dinheiro que carregava (juiz) é que ele pode ter morrido”, alegou.
Mas uma decisão judicial do juiz federal Jeferson Schneider, tirou Cláudio Rosa da superintendência da Polícia Federal e o delegado José Pinto Luna da condução das investigações. A alegação à época é que ambos tinham ligação com o empresário.
No entanto, Luna e Claudio Rosa negam que tenham sido afastados por causa do suposto envolvimento com Josino porque já tinham entregue conclusão das investigações ao Ministério Público Federal.
O procurador da República, Douglas Santos Araújo, questionou o ex-superintendente e disse que se Beatriz e seu tio, Marcos Peralta, estavam interessados no dinheiro e por isso mataram o juiz, então o crime seria latrocínio e não homicídio, como ficou relatado nos autos.
Neste momento, Rosa ficou sem argumentos e apenas disse: “Não fui eu quem presidiu, mas buscava informação com Luna (José Pinto de Luna)”, resumiu.
Ainda no depoimento, Rosa reconheceu que sargento Jesus era pistoleiro e confirmou que este foi procurado pelo empresário Josino.
EXPECTATIVA
Para esta quinta-feira (1) a expectativa é pelo depoimento do empresário Josino Guimarães, apontado como mandante do assassinato do juiz. Os trabalhos recomeçam às 9h, com meta para determinar a sentença no mesmo dia.
MPF
O Procurador da República, Douglas Santos Araújo, acredita na condenação do empresário Josino Guimarães. Para ele, os depoimentos tomados nos últimos dois dias (29 e 30) tem sustentado a tese que está nos autos sobre a ligação do empresário com a morte do juiz Leopoldino Marques do Amaral. "Amanhã (hoje) deve sair a decisão. Têm provas nos autos para sustentar a condenação", pontuou.
Atualizada às 7h:55
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