Presidente do Sindicato dos Profissionais da Enfermagem (Sinpen), Dejamir Soares afirmou na semana passada que um dos caminhos para a mudança na saúde de Mato Grosso é na Parceria Público Privada (PPP).
O discurso em maio de 2011, em que Sinpen e Sindicato dos Médicos (Sindimed) estavam mobilizados, inclusive ameaçando fazer greve na rede pública de saúde, era contra o projeto da Secretaria de Estado de Saúde, que defendia a implantação da Organização Social de Saúde (OSS), amplamente criticado pelos sindicatos.
Dejamir Soares defende que deve existir alternativas para garantir o aumento de leitos em hospitais, para suprir demanda de Cuiabá, seja feito por PPPs ou até mesmo pela reativação da loteria esportiva de Mato Grosso.
Mayke Toscano/Hipernotícias |
Dejamir Soares, do Sinpen, acredita que uma das alterntivas é a parceria público privada para a criação dos mil leitos que se tornou bandeira do Sindicato |
“Não temos nada contra as OSSs no ponto de vista trabalhista. Agora deve existir um conselho fiscal para ver o que as Organizações estão fazendo e até acredito que o Ministério Público do Trabalho vai fiscalizar e notificar com mais facilidade”, defendeu o Soares.
Dejamir Soares apontou dois caminhos possíveis para melhorar a situação dos trabalhadores da saúde na rede pública. A primeira se refere a contratação de serviços pela gestão pública, que de acordo com o sindicalista, o trabalhador quando é demitido não tem garantias de receber por tempo de serviços prestados. “Hoje um técnico em enfermagem ganha R$ 600”, indignou-se.
A outra possibilidade é que com a parceria privada pode melhorar a fiscalização. De acordo com Dejamir, a atuação do Ministério Público em fiscalizar gestões públicas cai na morosidade. “Acredito que com a PPP's o Ministério Público possa fiscalizar melhor, porque quando a gestão é pública o MP pede para provarmos o que estamos denunciando”, afirma.
Na coletiva realizada na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa (AL), o Sinpen aproveitou para dizer que estarão fiscalizando a promessa do Governo do Estado em ampliar o número de leitos, que atualmente é deficitária.
A promessa do Governo é que chegue a 940 leitos com todos os hospitais em funcionamento.
Veja os hospitais que devem reativados e construídos:
Ala amarela do Pronto-Socorro – 120 leitos (já concluído)
Hospital Santa Helena – 60 leitos (em fase de finalização)
Hospital da Clínicas – 120 leitos (reativado no 1º trimestre de 2012)
Hospital Neuropsiquiátrico – 210 leitos (em fase de reabertura)
Novo Hospital Universitário Júlio Müller – 250 leitos (estimado para 2015, há três década no papel)
Hospital Central – 180 leitos (há 25 anos espera ser terminado, sem data para conclusão)
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