Aos 32 anos, o volante e também meia é um líder em campo e sempre ouviu dos companheiros que devia se dedicar para se tornar um treinador pelo estilo de jogo e a visão diferenciada. Ele relutou bastante, pensando em se tornar dirigente ou mesmo empresário. Mas cedeu à "pressão" e agora está entusiasmado com o aprendizado adquirido.
"Sabe, é engraçado. Todo mundo sempre me disse, desde que eu tinha uns 22 ou 23 anos: 'você vai ser um treinador um dia!' Acho que eu sempre tinha meus braços erguidos quando estava jogando, tentando ajudar. Mas eu sempre dizia, que não queria fazer isso, eu não queria ser um treinador quando aposentasse", lembrou.
E explicou suas metas. "Eu estava pensando em continuar no futebol, mas não como treinador, por causa do comprometimento basicamente, e do tempo. Então estava decidido pelo não. Eu pensei que me tornaria um olheiro ou um agente, algo que ajudasse os jogadores jovens a terem uma oportunidade", prosseguiu.
A mudança do Chelsea pelo clube londrino parece ter mexido com suas ideias. "Mas, então, eu fui para o Arsenal e eles disseram: 'você quer fazer suas licenças?' Eu fiquei tipo, não tenho certeza, mas por que não. Pode valer a pena ter no bolso um dia. Então eu fiz minha primeira sessão. E esse foi meu erro, porque eu amei", revelou Jorginho.
"Aquele momento mudou minha mente e agora talvez aconteça. Eu fiz a Licença B, trabalhando em Hale End, e agora vou fazer a Licença A, definitivamente. Eu não fui procurar por isso, simplesmente aconteceu, e às vezes é isso que a vida é e talvez fosse para ser", explicou.
"Eu adorava estar em campo treinando, vendo os jogadores, tentando vê-los jogar do jeito que eu estava pedindo. O lado tático disso e tudo mais, me deixa louco", frisou, revelando que já tem em mente como será sua postura como técnico.
"Acho que tentaria ir pelo que sou como jogador também, tentando controlar os jogos. Mas é claro que isso dependerá também de onde eu estiver trabalhando e do que eu tiver disponível", disse. "Eu tentaria me adaptar ao que tenho, e também à idade do time. Se for um time de academia, por exemplo, eu procuraria mais ajudá-los a crescer como jogadores e seres humanos, em vez do lado tático disso."
(Com Agência Estado)
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