O desaparecimento dos documentos foi notado por causa dos ofícios recebidos pelo CD para apurar faturas que indicam gastos pessoais do ex-presidente Andrés Sanchez no cartão corporativo do clube. Ele admitiu ser o responsável por mais de R$ 9 mil em uma das faturas, referente ao período do Réveillon de 2020 para 2021, mas alega ter confundido o cartão do Corinthians com seu cartão pessoal e ressarciu o clube com correção.
"Por ocasião desses ofícios, Romeu Tuma Jr., presidente do CD, solicitou à Diretoria que preservasse todos os documentos correspondentes e de suporte dos últimos 7 (sete) anos quando, em resposta, foi informado de que houve subtração de documentos de controle de despesas de dentro do clube, durante incidente em 31 de maio, com o consequente registro do devido Boletim de Ocorrências sendo lavrado pela atual Diretoria. O CD permanece em contato com a presidência a respeito da extensão do furto e do avanço das investigações junto à Polícia Civil", diz o comunicado do CD.
No texto, o órgão presidido por Romeu Tuma também afirma que os procedimentos necessários estão sendo devidamente tomados para apurar o caso de Andrés. Como ele é conselheiro vitalício, o estatuto prevê que os requerimentos sejam analisados pelo presidente do CD, no caso Tuma, antes de os enviar à Comissão de Ética do Conselho Deliberativo. Por fim, são avaliadas as evidências e ouvidos os envolvidos para a emissão de um parecer final da Ética ao Deliberativo, que tomará as medidas cabíveis.
"Vale destacar que no caso específico dos pedidos referentes à análise do uso do cartão de crédito corporativo por Andrés Sanchez, esta presidência do CD está analisando todos os pedidos para verificar a viabilidade de unificação em um só processo, evitando-se decisões contraditórias e buscando-se maior agilidade nas apurações - que deverão ser amplas para analisar também se houve imperícia na fiscalização. Não há nada que deixará de ser apurado, e teremos todas as garantias a fim de preservar a ordem, segurança jurídica e celeridade na questão", conclui a nota.
O dirigente gastou R$ 9.416,00 no cartão do clube durante uma viagem a Tibau do Sul, no Rio Grande do Norte, entre os dias 28 de dezembro de 2020 e 2 de janeiro de 2021, reta final de seu último mandato na presidência.
Ele admite os gastos e diz ter uma conta no banco Santander, assim como o clube, por isso a confusão sobre o cartão na hora de fazer os pagamentos. Também alega que deveria ter sido alertado na época pelo departamento financeiro corintiano. No sábado, 12, transferiu R$ 15 mil para ressarcir o clube.
A fatura do cartão de crédito corporativo foi vazada na rede social X, antigo Twitter, pelo perfil @Prmalaoficial, em junho. O ex-presidente alvinegro afirma que só teve a confirmação de que o documento divulgado na internet era autêntico na quinta-feira, 10.
Outras faturas, vazadas pelo mesmo perfil e cuja autenticidade não foi atestada pelo dirigente como a anterior, serão analisadas durante a apuração. Entre elas, há R$ 6,9 mil em gastos no arquipélago de Fernando de Noronha, em janeiro de 2020.
(Com Agência Estado)
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