A Usina Hidrelétrica de Sinop (500 km ao Norte), prevista para entrar em funcionamento em janeiro deste ano, teve o cronograma de implantação adiado sob argumento de que a obra atrasou porque a Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso (Sema) demorou a emitir as autorizações para retirada de vegetação e rochas. Essa retirada possibilitaria o desvio do Rio Teles Pires para encher o reservatório.
A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) autorizou na terça-feira (6) o adiamento de 11 meses no cronograma de implantação da usina. Na decisão, a Aneel acatou a argumentação da concessionária, pois a demora na expedição não foi responsabilidade da companhia, que, portanto, não deveria ser punida com a aplicação de penalidades.
A decisão também deixa a concessionária livre das responsabilidades relativas a compra e entrega de energia. Além disso, a concessionária não será punida com o pagamento de encargos resultantes do atraso no cronograma do empreendimento.
A Companhia Energética Sinop, consórcio formado pelo grupo francês EDF, a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) e a Eletronorte, havia solicitado à Aneel o deslocamento do cronograma de implantação da usina em 12 meses e o reconhecimento de 21 meses de isenção de responsabilidade pelo atraso na construção da obra.
Licitada em 2013, a usina localiza-se nos municípios de Cláudia e Itaúba. Quando terminada, a Hidrelétrica de Sinop terá potência instalada de 408 megawatts (MW), podendo atender ao consumo de cerca de 1,6 milhão de pessoas.
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