Williams notou que a redução das taxas de juros para uma instância mais neutra poderá depender de uma desaceleração maior da inflação ou de uma deterioração na economia, embora tenha evitado estimar qual seria o nível R* - em que os juros não estimulam ou apertam a atividade.
O dirigente ponderou que, no momento, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA sinaliza uma desaceleração mais forte, conforme a economia se ajusta ao ambiente pós-pandemia e mudanças nas políticas comerciais. Contudo, ele descarta preocupações sobre uma estagnação ou deterioração significativa.
Já o mercado de trabalho segue sólido, com arrefecimento suave em alguns índices. Williams notou que a taxa de desemprego continua oscilando em níveis historicamente baixos e que a contratação mais lenta reflete menos demanda, mas também menos oferta devido a novas políticas de imigração. "O avanço salarial, por outro lado, continua com crescimento consistente e é um bom indicador de solidez", disse.
Ao ser questionado sobre preocupações com o payroll, Williams afirmou que podem existir outros indicadores melhores para avaliar a economia e o mercado de trabalho, citando como exemplo os pedidos semanais de auxílio-desemprego.
Sobre a inflação, o dirigente ressaltou que os preços continuam em queda gradual, mas em ritmo muito lento. Williams disse que ainda monitora de perto a inflação de serviços e que viu certo alívio em preços de moradias, mas ponderou que é difícil estimar o quanto as tarifas estão afetando outros setores.
Williams reiterou que a política monetária segue moderadamente restritiva e que um corte de juros não necessariamente irá alterar esse quadro no futuro.
O dirigente defendeu a cautela ao calibrar as taxas, lembrando que o Fed pode ser surpreendido pelos dados e precisa ser guiado por eles ao tomar decisões.
(Com Agência Estado)
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