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Avançando no cenário empreendedor e econômico, as mulheres deixaram de ser o sexo frágil e são consideradas, hoje, peças essenciais para o andamento de muitos negócios. Em panorama nacional, a mulher brasileira continua sendo uma das que mais empreendem no mundo.
Dos 21,1 milhões de pessoas à frente de empresas, 49,3% delas estão investindo em seus próprios negócios, contra 50,7% de homens, segundo pesquisa GEM 2010 (Global Entrepreneursip Monitor). O estudo que mede as taxas de empreendedorismo mundial divulgado pelo Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que as mulheres estão invertendo uma tendência histórica, na qual o crescimento da participação delas no mundo dos negócios em Mato Grosso é notório.
Dos 21,1 milhões de pessoas à frente de empresas, 49,3% delas estão investindo em seus próprios negócios, contra 50,7% de homens, segundo pesquisa GEM 2010 (Global Entrepreneursip Monitor). O estudo que mede as taxas de empreendedorismo mundial divulgado pelo Serviço de Apoio a Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que as mulheres estão invertendo uma tendência histórica, na qual o crescimento da participação delas no mundo dos negócios em Mato Grosso é notório.
| Divulgação |
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| Vanessa Karine vencedora do Prêmio Sebrae "Mulher de Negócio" do ano passado |
Formada em administração e graduando-se em direito, ela conta que desde muito jovem sempre buscou seguir os caminhos pelas suas próprias pernas. “Desde pequena fui instruída a ser independente, estudar e pagar as próprias contas. Como fui criada pelas mulheres da família e diante das dificuldades que enfrentamos, desde cedo crescia em mim a vontade de ter meu próprio negócio. Ainda uma criança, eu auxiliava minha mãe na venda de semi-jóias e lingerie, para aumentar a renda familiar”, conta Vanessa.
Após análise de mercado e percepção de viabilidade da empresa, Vanessa resolveu arriscar e montar uma loja de móveis planejados, a Favorita Móveis e Decorações. Assim nasce mais uma empresa, que, assim como muitas, passou por dificuldades econômicas devido ao Custo Brasil. Mas estas estão sendo superadas, no entanto, o que ainda é um obstáculo é ser mulher empreendedora e administrar tudo com mão de ferro.
“Em muitos momentos, existe o desafio de ser mulher, vejo pessoas com preconceito, como por exemplo, em contato com fornecedores e até mesmo clientes, sou questionada, onde está o dono? ou quero falar com o dono. A cultura de mulher ser dona do próprio negócio ainda tem que ser desenvolvida em nosso país, nem por isso devemos desanimar, procuro sempre me manter informada sobre os produtos, para provar que somos capazes de desenvolver qualquer segmento de negócio”, conta.
Isso demostra que, apesar de mulheres e de todas as psiques femininas, podem e estão conquistando o espaço que era dominado pelos homens, depois de contínuo e intenso esforço delas. Talvez seja pela calma, paciência ou mesmo pela sensibilidade, as mulheres, segundo pesquisa realizada pelo Instituto Endeavor em 2011, têm mais facilidade em atrair e reter talentos para suas empresas do que as lideradas por homens, especialmente quando se trata de empreendimentos inovadores e de alto crescimento.
Ainda segundo a pesquisa, as empresárias também se destacam na gestão de pessoas e de processo. Enquanto 57,7% dos homens declararam ter dificuldades na área de recursos humanos ou no processo produtivo, este porcentual cai para 34,6% entre as mulheres.
O levantamento aponta ainda que as mulheres adotam mais soluções inovadoras no setor de serviços, área que responde por 60% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. Já os homens se concentram em áreas mais tradicionais, como a indústria.
A pesquisa revela também que a mulher prefere se arriscar em um setor que já conhece, seja por formação acadêmica ou por experiência profissional. “Ás empreendedoras do futuro, não temam, a caminhada é árdua, se trilhada com amor e dedicação será compensadora. É um prazer enorme dizer que, sou mulher e empresária”, finaliza Vanessa Karine.
EM CUIABÁ
Mas não é somente a empreendedora de Lucas do Rio Verde que sabe como conduzir um negócio. Grandes exemplos de empresárias que assumem com mão de ferro seus empreendimentos são encontrados na Capital. Dalva Beatriz Malhado Ferraz, responsável pela franquia do O Boticário; Karine Roder, dona da franquia da Daslu; Stephania Lodi de Campos, responsável pelo Adriano Restaurante e Maria Margarida Ferreira Alves, da Pamonharia Paiol são algumas das muitas mulheres que por vontade própria ou mesmo circunstâncias da vida fazem parte das empresárias a frente de grandes negócios na cidade.
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| Dalva Beatriz é dona da franquia do Boticário e comanda negócio com sensatez e determinação |
Assim como estas mulheres, no Brasil há, ainda, muitas que se assemelham a elas, seja pela garra, força e mão de ferro no comando de seus negócios. Alguns exemplos de mulheres que hoje fazem a diferença no mundo dos negócios é Maria das Graças Foster, presidente da Petrobras; Luiza Helena Trajano, presidente da rede de lojas varejistas Magazine Luiza e a presidente do Conselho Nacional da Mulher Empresária (CNME), Maria Auxiliadora Chaer Lopes.
Estas são empresárias que podem servir de inspiração para muitas outras mulheres que almejam ter empreendimentos e querem se arriscar a entrar e manter-se neste difícil e instável mundo econômico.
RECONHECIMENTO
Mas não é somente de mulheres empreendedoras que compõe a economia. Mulheres que são empregadas também tem seu espaço no mercado, e agora, podem comemorar mais um reconhecimento. Embora seja sabido que as mulheres e homens que exercem mesmo cargo devem receber salários equivalentes, segundo Constituição federal e a Consolidação das Leis do Trabalho, não é isso que vem ocorrendo.
Por isso, o Senado interviu nessa situação e aprovou na terça-feira (6) por unanimidade, o projeto que estabelece multa às empresas que atenuarem essa diferença de salário. De acordo com o texto, o empregador que descumprir a lei será obrigado a pagar à empregada multa correspondente a cinco vezes a diferença verificada em todo o período da contratação.
Após aprovação, o projeto (PLC 130/11) segue para sanção se, em cinco dias úteis, não houver recurso para votação em Plenário. Dessa forma, mais que reconhecimento e valorização, as mulheres tem seu importante papel em todos os segmentos que atuam, sejam elas empresárias, empreendedoras, donas do lar ou simplesmente mulher.
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