A Mapa assumiu dívidas de R$ 1,5 bilhão da Casas Bahia que estavam nas mãos de bancos. De acordo com anúncio de ontem, a gestora celebrou um Memorando de Entendimentos não vinculante com o Bradesco e o Banco do Brasil para implementar uma potencial transferência da totalidade das debêntures da 2ª série. Esses são papéis são conversíveis em ações.
Em fato relevante enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), a Casas Bahia destaca que o Grupo Mapa comunicou a intenção de realizar a conversão das debêntures em ações ordinárias da empresa, logo após a efetivação da transferência. Além disso, porém, ainda terá de obter a aprovação prévia do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e dar início ao Período de Conversão (conforme definido nas cláusulas da emissão dos títulos).
A expectativa é de que a troca dos papéis seja concluída até o fim de agosto, observadas as demais condições previstas nas regras de emissão.
Em entrevista recente, o presidente da Casas Bahia, Renato Franklin, disse que o plano de conversão das debêntures cria valor no longo prazo. "É melhor ter uma participação menor de uma empresa que vai valer mais no futuro do que manter uma fatia maior de uma companhia travada pelo endividamento", afirmou ele ao Estadão/Broadcast.
Com a conversão, a dívida da varejista, que somou R$ 4,55 bilhões no primeiro trimestre deste ano, cairá a R$ 2,984 bilhões, disse o diretor Financeiro da empresa, Elcio Ito.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
(Com Agência Estado)
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