"No geral, estamos atualmente em uma boa posição em relação às taxas de juros para aguardar novos desenvolvimentos na inflação", afirmou o dirigente, em discurso na cidade de Friburgo Brisgóvia, conforme transcrição divulgada nesta segunda.
Nagel, que também é presidente do BC alemão, disse que as incertezas são impulsionadas pelas tensões no Oriente Médio e pela "imprevisibilidade" da política comercial dos Estados Unidos. "E esta é a razão pela qual o Conselho do BCE está atualmente mais dependente de dados do que nunca e toma decisões de reunião para reunião", explicou.
O dirigente admitiu ainda não saber se as tarifas norte-americanas terão efeito inflacionário ou desinflacionário para a zona do euro. Por isso, seria "sábio" manter o foco do BCE na flexibilidade e na "dependência de dados".
QE
Nagel argumentou ainda que a autoridade monetária deve reservar programas de compras de ativos em larga escala (conhecidos como QE) para "casos absolutamente excepcionais".
O dirigente afirmou que esse instrumento envolve uma série de efeitos colaterais, como o aumento da desigualdade de renda e a escalada dos preços no mercado imobiliário.
O QE combinado a juros muito baixos também ajuda a impulsionar a inflação e a provocar perdas significativas no balanço de ativos do BC, de acordo com ele.
(Com Agência Estado)
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