No fechamento, a taxa do contrato de Depósito Interfinanceiro (DI) para janeiro de 2025 estava em 10,645%, de 10,608% ontem no ajuste, e a do DI para janeiro de 2026 subia a 11,31%, de 11,18% ontem no ajuste. A do DI para janeiro de 2027 subia de 11,44% para 11,57% e a do DI para janeiro de 2029 avançava de 11,78% para 11,90%.
O mercado vem elevando o peso do papel do ajuste a ser trazido pelo próximo relatório bimestral para o cumprimento da meta fiscal em 2024, em função do ceticismo sobre o potencial de elevação das receitas que serviriam para compensar eventual corte menor nas despesas. Havia receio de que o ajuste a ficasse abaixo de R$ 10 bilhões. "Seria aceitável algo entre R$ 10 bilhões e R$ 15 bilhões. O mercado está tentando antecipar o que virá", afirma Alexsandro Nishimura, economista e sócio da Nomos Investimentos, lembrando que o que é visto como ideal é algo acima de R$ 20 bilhões.
O valor de R$ 10 bilhões é o piso das estimativas na pesquisa realizada pelo Projeções Broadcast sobre qual deve ser o valor, cuja mediana aponta para R$ 12 bilhões. O teto é de R$ 25 bilhões. Porém, o ajuste total visto como necessário para que o governo atinja o máximo de déficit possível sem descumprir o novo arcabouço fiscal, ou seja, um saldo negativo de 0,25% do PIB, é de R$ 26,40 bilhões (mediana).
No fim do dia, Haddad anunciou que a contenção será de R$ 15 bilhões para cumprimento do arcabouço fiscal neste ano. Serão R$ 11,2 bilhões de bloqueio, por causa de um gasto acima do limite de 2,5% previsto pelo arcabouço, e R$ 3,8 bilhões de contingenciamento, por causa da frustração de receitas em função das pendências junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) e ao Senado, já que a decisão sobre a compensação da desoneração ficou para setembro. "Tomamos a decisão de já incorporar uma eventual perda em função desse adiamento para contemplar o arcabouço fiscal dentro da banda prevista na LDO. São R$ 3,8 bilhões de contingenciamento e R$ 11,2 bilhões de bloqueio, totalizando R$ 15 bilhões", disse Haddad.
A pressão do câmbio foi outro vetor de estresse para os DIs. O dólar fechou nos R$ 5,5881, com o real sendo penalizado junto com outras moedas emergentes ante o dólar e pela piora na percepção sobre as contas públicas.
Na segunda etapa, o exterior entrou em cena para renovar as máximas na curva doméstica, com a taxa da T-Note de dez anos voltando a tocar os 4,20%, em meio a um leilão de US$ 19 bilhões em tips de 10 anos com demanda abaixo da média e ruídos relacionados à eleição presidencial nos EUA. Cresceu a pressão democrata para que o presidente Joe Biden abandone a disputa.
(Com Agência Estado)
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