A parcela de empresas que realizaram investimentos (70%) só fica atrás, nos últimos seis anos, do porcentual registrado em 2022 (73%). Nos demais anos, a fatia chegou a no máximo 65%, porcentual tanto de 2021 quanto de 2023. A pesquisa ouviu 1,5 mil empresas de todos os portes: pequeno (600), médio (527) e grande (363). As respostas foram coletadas entre 7 e 17 de janeiro, mas só em 11 de agosto a CNI concluiu o documento, obtido com exclusividade pelo Broadcast.
No ano passado, 71% das empresas realizaram parte ou todos os investimentos planejados. Uma minoria, 10%, adiou ou cancelou os investimentos que estavam previstos por conta de motivos como incertezas econômicas, queda das vendas e aumento dos custos de insumos.
Entre as empresas que investiram no ano passado, 79% compraram máquinas ou equipamentos novos. Mais da metade (57%) relatou atualização e modernização de suas fábricas, e 37% destinaram recursos à ampliação, compra ou construção de terrenos, plantas, fábricas e armazéns.
Com o crescimento da demanda não só no Brasil, mas também no exterior, ocupando a ociosidade que havia nas fábricas, as empresas voltaram a investir nos últimos anos em expansão da capacidade produtiva. Como mostrou o Broadcast em maio, R$ 371 bilhões foram direcionados em 2024 à expansão dos ativos voltados à produção. Calculado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), o valor corresponde a 18,2% do total de investimentos produtivos no Brasil e foi o maior em dez anos.
Analistas ponderam, contudo, que esses investimentos podem ser freados pelos juros altos. Além disso, a CNI planeja refazer uma pesquisa sobre intenção de investimentos neste ano para captar como está a disposição da indústria em levar projetos adiante após as tarifas levantadas contra seus produtos nos Estados Unidos.
No ano passado, conforme aponta o levantamento obtido pelo Broadcast, praticamente três quartos dos investimentos (74%) foram realizados com recursos próprios das empresas ou de sócios. Foi um porcentual um pouco superior ao dos dois anos anteriores: 71% tanto em 2023 quanto em 2022.
(Com Agência Estado)
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