Segundo a B3, trata-se do 16º recorde do Ibovespa em 2025 e a primeira vez na história que o fechamento do mercado atinge o nível de 147 mil pontos.
Para o head de renda variável Gustavo Bertotti, da Fami Capital, a alta do Ibovespa hoje está relacionada principalmente ao cenário externo. "Com o entendimento de que o Federal Reserve (Fed) deve novamente cortar os juros na reunião de amanhã, investidores estrangeiros tendem a aumentar alocação para mercados emergentes", avalia, cravando que o fluxo externo tem grande peso no comportamento da Bolsa brasileira.
Já a postura recente de Donald Trump, com falas mais amenas e que prezam pela negociação, inclusive com o governo brasileiro, criam a expectativa de um acordo comercial entre EUA e China, acrescenta Bertotti.
"Com o possível acordo entre EUA e China, o minério de ferro fechou em alta, e as empresas de mineração e siderurgia puxam o Ibovespa", comenta o head de renda variável da Veedha Investimentos, Rodrigo Moliterno. A commodity fechou em alta de 1,94% em Dalian, na China, a US$ 110,43 por tonelada, fazendo empresas como CSN e CSN Mineração subirem mais de 2%, entre os maiores ganhos do índice.
No pano de fundo, investidores também monitoram o quadro fiscal do Brasil. No período da tarde, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que tenta avançar a pauta fiscal no Congresso, com o projeto de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil estando "próximo" do equilíbrio fiscal "na pior das hipóteses". Instantes depois, o Ibovespa registrou máxima intradia, aos 147.810,55 pontos (+0,57%).
Em meio à melhora da popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a percepção é de que o governo não terá dificuldades em encaminhar suas pautas na Casa, pontua o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus. "Volta a respirar, com sinais de menos restrição do Congresso", estima.
Já mais próximo do fechamento, o Ibovespa voltou a perder fôlego com a queda dos contratos futuros de petróleo, enquanto as preocupações de excesso de oferta da commodity pela Organização de Países Exportadores de petróleo e aliados (Opep+) se sobrepõem às tensões geopolíticas.
(Com Agência Estado)
Clique aqui e faça parte no nosso grupo para receber as últimas do HiperNoticias.
Clique aqui e faça parte do nosso grupo no Telegram.
Siga-nos no TWITTER ; INSTAGRAM e FACEBOOK e acompanhe as notícias em primeira mão.







