"Precisamos de uma base tributária diferente, e queremos reduzir encargo trabalhista", afirmou Guedes. Segundo ele, o presidente Jair Bolsonaro está ciente dessa orientação da equipe econômica e "sabe que não podemos crescer elevando a alíquota do que está aí" para compensar a desoneração.
"Vamos pensar e fazer a coisa certa no devido tempo", disse o ministro. Para ele, o governo precisa encontrar uma forma de tributar quem hoje não está pagando imposto. "Vamos mexer nessa coisa de contribuição sobre a folha. Nós precisamos disso", afirmou.
Depois de Bolsonaro sepultar a 'nova CPMF', como vinha sendo chamado o imposto sobre transações financeiras que estava nos planos da equipe econômica para bancar a desoneração da folha, o ministro explicou que a ideia era "reduzir bastante as alíquotas" de contribuição sobre os salários. "Por isso estávamos considerando o novo imposto", disse.
Segundo Guedes, o novo Imposto sobre Valor Agregado (IVA, que vai unificar tributos sobre consumo) poderia ser de 14% ou 15% caso o imposto sobre transações fosse criado - em vez de 25%, como é a proposta da Câmara. Além disso, a contribuição sobre a folha de pagamento poderia cair a 13%, "talvez a 10%".
O ministro ainda fez menção ao ex-secretário especial da Receita Federal Marcos Cintra, que foi demitido em meio às críticas à nova CPMF e à pressão por uma reestruturação do órgão. "Morreu em combate nosso valente Cintra", disse. A uma plateia de varejistas, Guedes afirmou ainda que "para quem paga muitos encargos trabalhistas, Cintra deve ser figura simpática".
(Com Agência Estado)
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