De acordo com três executivos ouvidos pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado) na saída da reunião, Guedes explicou, ao ser perguntado, que não teve a intenção de ofender ninguém ao dizer que "até as domésticas iam para a Disneylândia, uma festa" com o dólar baixo.
Ele argumentou que, como professor, costuma dar exemplos para ilustrar o que fala, e que não houve intenção pejorativa ao comemorar o patamar alto do dólar, considerado positivo pelo ministro.
A declaração de Guedes, feita na quarta-feira, seguiu-se a outra, da última sexta-feira, quando chamou os servidores públicos de "parasitas" que estariam matando o "hospedeiro".
Reformas
Guedes traçou na reunião um panorama de crescimento e reformas para o Brasil, segundo as fontes, e não trouxe nenhuma novidade.
Reiterou a necessidade da reforma tributária, mas não tocou na reforma administrativa.
Ele voltou a falar da necessidade de privatizar a Eletrobras, pela falta de capacidade atual de investimentos da empresa, mas não deu uma data sobre as expectativas do governo para a venda.
Ainda segundo as fontes, ele teria elogiado a aprovação de novas regras para a distribuição de gás no Rio, e disse que aguarda que outros Estados sigam o mesmo exemplo para tentar reduzir as tarifas de energia do País.
O ministro disse ainda que os royalties que o Rio receberá da produção de petróleo e gás natural vão recuperar a economia do Estado nos próximos quatro, cinco anos, mas não comentou se esse ano haverá leilão de petróleo do pré-sal, região com maior volume de produção e, portanto, a que mais arrecada para os governos.
Guedes, ao contrário dos empresários que participaram do evento, entrou e saiu pela garagem do hotel e não conversou com a imprensa.
(Com Agência Estado)
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