O "Diário Oficial da União" publicou na edição desta segunda-feira o decreto assinado pela presidente Dilma Rousseff que reajusta o salário mínimo para R$ 622. O aumento passa valer no dia 1º de janeiro de 2012.
Essa foi a primeira vez que a administração petista não arredonda o valor do piso salarial para um múltiplo de R$ 5.
Essa prática era seguida, de acordo com as explicações anteriores, para facilitar os saques em caixas eletrônicos.
O reajuste segue a sistemática convertida em lei neste ano: a variação do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor, apurado pelo IBGE) acumulada desde o reajuste anterior, mais a taxa de crescimento da economia de dois anos antes.
Essa fórmula vinha sendo adotada desde o segundo governo Lula, com a diferença de que os arredondamentos resultavam em ganhos mais generosos para o mínimo.
Ao não elevar o valor para R$ 625, o governo economizará cerca de R$ 900 milhões no próximo ano, um valor modesto em um Orçamento de mais de R$ 940 bilhões.
No entanto, o reajuste já programado terá forte impacto nas despesas com aposentadorias, benefícios assistenciais e seguro-desemprego.
Esse é um dos motivos pelos quais a maior parte dos analistas e investidores duvida que o governo federal vá conseguir cumprir suas metas fiscais no próximo ano.
O reajuste real --acima da inflação-- do mínimo será o maior desde o ano eleitoral de 2006. A alta será de 7,5%, correspondentes ao crescimento do Produto Interno Bruto no ano passado.
O valor do mínimo ainda pode subir se o INPC de dezembro, que só será conhecido em janeiro, superar as estimativas oficiais. Nessa hipótese, o piso salarial será corrigido em fevereiro, sem retroatividade.
No início do ano, Dilma sofreu pressão política devido à decisão de não conceder aumento real ao mínimo --o PIB encolheu em 2009. A medida facilitou o controle das contas públicas e evitou uma alta maior da inflação.
O novo valor poderá gerar ainda mais uma pequena economia para o governo porque o Orçamento de 2012, aprovado anteontem pelo Congresso, estima as despesas com base em um mínimo de R$ 623, calculado com uma estimativa mais alta de inflação.
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Paulo Justos Kuiabano 26/12/2011
O salário mínimo poderia ir a mil desde que não fosse a custa de quem trabalha, antes, fosse a custa principalmente dos banqueiros inclusive os bancos de bandeira oficial do estado brasileiro: Bco do Brasil, Caixa Econômica... . Fosse esse aumento do salário mínimo resultado do crescimento econômico do nosso país pela queda sonhada dos juros e taxas de tudo que os brasileiros pagam aos governos federal-estadual e municipal. Pelo andar da carruagem é desmoralizador saber que um educador-professor(a)com formação universitária terá em seu holerit o mesmo valor de que quem recebe um salário mínimo. Todos são trabalhadores, porém,são diferentes em investimento pessoal-temporal- esmero e preparo para o exercício da profissão. O nosso país vive entre outros este dilema que pode ser um estopim!!!
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