Num período de grave crise econômica e escassez de oportunidades de trabalho, o brasileiro buscou se aperfeiçoar, capacitar e aguçar a criatividade para garantir renda.
Para a economista Edijeide Freitas, que também é consultora do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), a crise pela qual o Brasil passa também tem seu lado positivo, que é o aprimoramento da capacidade de se renovar do trabalhador.
“Já passamos a fase de cortar gastos, com o bom relacionamento entre patrão e empregado, melhorias das poliíicas econômicas, a busca por entender e desenvolver o empreendedorismo e capacitação as pessoas acabam gerando maiores possibilidades de renda e estar melhor preparados para as oportunidades”, ressalta.
A economista ressalta que as pessoas estão muito mais conscientes quanto aos gastos e contidas quanto às suas despesas.
“Muita gente perdeu o emprego, fechou estabelecimento teve que trocar a casa por uma mais simples, o carro por um mais popular e teve que se reinventar. Este é um período de recomeço”, pontua . “Esse ano vai ser melhor que 2016 e 2015 com certeza. Nós já chegamos ao fundo do poço e agora a tendência é melhorar”, afirma.
Nesse início de ano já foi modificada a política de cobrança dos cartões de crédito e a taxa de juros foi reduzida, a aprovação do saque do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) também deve possibilitar mais investimentos para o trabalhadores, além de outras medidas que ainda estão em fase de tramitação.
“Eu percebo que até o meio do ano a nossa economia ainda vai ficar nebulosa, pois há muitas políticas sendo mexidas. Mas acredito que a partir do segundo semestre as coisas vão melhorar para entrar 2018 bem”, afirma.
Além de reinventar para buscar alternativas para driblar a crise, um ponto citado pela economista é que a população está cada vez mais independente e procurando melhorar sua condição de vida pelos próprios esforços.
“Está cada vez menos presente a ideia de dependência do governo. De achar que porque paga imposto o governo precisa realizar tudo. Não há como o Estado dar conta disso”, ressalta.
Comerciantes otimistas
Um balanço feito pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) aponta que os empresários estão otimistas quanto à economia neste ano.
Conforme os dados, 48% das empresas fizeram cortes no orçamento em 2016, apesar dos resultados passados, neste ano pelo menos 30% dos comerciantes pretendem expandir os negócios.
Segundo a assessoria da CDL, uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) com empresários do varejo e prestadores de serviços das 27 capitais mostra que ao menos parte dos entrevistados está otimista com relação às expectativas para 2017. Para 58,4%, a economia será melhor neste ano do que em 2016.
Na pesquisa o ponto mais citado como prioridade para ser solucionada é a crise econômica, seguida da corrupção, violência e inflação.
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