A Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL) apresentou relatório sobre a inadimplência no setor do comércio em Cuiabá. O comparativo entre março de 2011 e março de 2010 demonstra crescimento de 6,08%, esses registros são feitos através dos números de cadastros de pessoas físicas, conhecido como CPF. Os devedores deixaram de pagar cerca de 12,35% no período analisado. Foto da Internet
Ao longo de cinco anos, o banco de dados da CDL Cuiabá aponta acúmulo de R$ 178.602.163, 81 com a inadimplência. Esse montante equivale a construção de mais 4 mil casas populares.
De acordo com a análise do advogado da CDL Otacílio Peron, esse grande número acumulado por falta de pagamento se deve à falta de planejamento financeiro do consumidor. “A compra por impulso é um dos grandes fatores que provocam a inadimplência. O consumidor não observa primeiro se aquele artigo em liquidação é realmente necessário. O seu planejamento financeiro deve separar o que é supérfluo, do que é indispensáve. E ser realista no tocante ao dinheiro disponível para pagamento de prestações mensais, ou seja, a prestação tem que caber no seu bolso. O consumidor tem que fazer do crédito um aliado. Afinal o crédito é um patrimônio inalienável.”
De acordo com a CDL, depois de cinco anos a divida se preescreve nos bancos cadastrais como Serasa, Sistema de Proteção ao Crédito (SPC), telecheque, entre outros, porém o inadimplente continua devendo para o estabelecimento.
Os percentuais mostram a necessidade dos lojistas se atentarem para a concessão de crédito mais segura. Porém, nem os mecanismos empregados para evitar a inadimplência protegem totalmente as lojas de alguns clientes mau pagadores.
Um exemplo dessas medidas foi usada pela Tonon. A empresa não utiliza o sistema de crediário próprio e os cheques são enviados para uma seguradora que cobre cheques devolvidos. Contudo, a encarregada administrativa da empresa, Elisabete Noite, informou que no mês de março o financeiro registrou cerca de 40 cheques devolvidos, sendo que 14 não tiveram recuperação até o momento e dois cheques clonados, não são cobertos pela seguradora. Resultado: prejuízo de R$ 1 mil para a empresa num estágio irreversível. Para Elisabete o mês de março foi atípico.
Para Roque Pellizzaro, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) o sinal amarelo está aceso. De acordo com o presidente o comércio deve ficar mais cauteloso e como medida imediata o varejo terá que ficar mais exigente na concessão de crédito.
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